Nos últimos anos, observamos um movimento crescente à direita em todo o mundo. Países como Grécia, Espanha, Portugal, Hungria, Polônia, Holanda, Alemanha, Áustria, Equador, Uruguai, Argentina e Estados Unidos têm visto um aumento na popularidade de candidatos e partidos de direita, com pautas anti-imigratórias e foco na segurança.

No entanto, há um país que parece estar fora dessa tendência: o Brasil. Enquanto a direita ganha força em outras nações, o panorama político brasileiro tem se mantido polarizado entre a esquerda representada pelo presidente Lula e a direita bolsonarista.

Ao analisar as eleições em Portugal, podemos perceber que a direita obteve um bom desempenho. A centro-direita venceu o Partido Socialista, que estava no poder há muito tempo, mostrando que o país também está seguindo essa onda conservadora.

No entanto, é importante ressaltar que a direita radical tem perdido força em diversos países. Na França, por exemplo, a direita francesa está presa à candidata Marine Le Pen, o que tem facilitado a vitória de candidatos de centro-esquerda, como Emmanuel Macron. No Brasil, a direita está presa ao bolsonarismo, o que tem contribuído para o que qualquer nome de direita perde para Lula nas pesquisas.

É necessário que a direita brasileira se livre dessa armadilha do radicalismo para ter chances reais de vencer as eleições. A figura de um candidato de centro-direita mais centrado, podem ser alternativas para um novo caminho político no país.

É interessante notar que, apesar dessa tendência geral à direita, cada país tem suas particularidades. Na Holanda, por exemplo, a direita radical conseguiu avançar, ao contrário de outros lugares onde a direita moderada ainda prevalece.

Outro ponto importante é a relação entre a direita e as questões imigratórias. Enquanto em Portugal a direita tem um partido com uma política anti-imigratória representado pelo Chega, é curioso observar que muitos brasileiros imigrantes têm votado nessa sigla, mesmo que sua plataforma seja contra a imigração. Essa contradição mostra que nem sempre as preferências políticas estão alinhadas com as questões pessoais de cada indivíduo.

Essa diversidade de cenários políticos nos leva a refletir sobre a importância de ouvir diferentes opiniões e analisar todos os ângulos de um assunto. Não é possível concordar em tudo, mas é fundamental buscar informações diversas e debater ideias para enriquecer nosso entendimento.

Em um mundo em constante mudança, é essencial estar aberto ao diálogo e compreender as nuances das diferentes correntes políticas. Independentemente das preferências individuais, é crucial cultivar a capacidade de análise crítica para tomar decisões conscientes e fundamentadas.

Paulo Feres

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