Com a recente redução das tarifas de importação de produtos agrícolas argentinos pela China, o país asiático reforça sua posição como maior parceiro comercial tanto da Argentina como do Brasil. Essa relação econômica estratégica entre os países sul-americanos e a China não é uma novidade e reflete a busca por interesses comuns e uma relação pragmática.

O presidente argentino, Milei, vem adotando uma postura pragmática em relação à China desde que assumiu o governo. Em busca de impulsionar a economia do país, Milei solicitou à China que avalizasse um swap cambial para que pudesse fazer frente às suas dívidas e pagar suas prestações junto ao Fundo Monetário Internacional. E a China atendeu a essa solicitação, validando o swap cambial da Argentina.

Essa atitude da China em relação aos países sul-americanos não é movida apenas por interesses econômicos e comerciais. A China deseja que seus parceiros regionais possam prosperar, o que fortalece o potencial de crescimento econômico e a estabilidade da região como um todo. Isso não significa que a China seja altruísta, mas sim que entende que é vantajoso para seus próprios interesses ter parceiros comerciais fortes e estáveis.

O Brasil, assim como a Argentina, é um importante parceiro comercial da China. O país asiático se tornou, de longe, o maior parceiro comercial do Brasil, superando até mesmo os Estados Unidos em protagonismo na região sul-americana. Essa relação se consolidou ao longo dos anos, independentemente do partido político que estivesse no poder, como demonstrado no tempo do atual governo de Jair Bolsonaro.

A importância da China para a economia brasileira não pode ser ignorada. O país asiático é responsável por uma fatia significativa do comércio exterior brasileiro, sendo destino de boa parte das exportações brasileiras. Além disso, a China tem investido pesadamente no setor de infraestrutura no Brasil, o que contribui para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos no país.

Apesar de ser um país de orientação comunista, a China tem demonstrado que negócios são negócios, independentemente da ideologia política. A busca por parceiros comerciais estratégicos e a promoção do desenvolvimento econômico têm se mostrado mais relevantes para a China do que questões ideológicas.

É importante que o Brasil mantenha uma relação próxima e saudável com a China, buscando aumentar a participação no comércio bilateral e explorar novas oportunidades de cooperação econômica. Isso contribui para fortalecer a economia brasileira e gera benefícios tanto para o país como um todo quanto para os cidadãos.

Acompanhe as notícias e atualizações sobre a relação entre Brasil, Argentina e China, pois essa é uma dinâmica importante para a economia e o futuro dos países. Esteja informado e aproveite as oportunidades que surgem com as parcerias comerciais estratégicas.

Não se deixe levar por narrativas ideológicas antigas que não condizem mais com a realidade. A China é um país pragmático, que busca relações comerciais vantajosas para si e seus parceiros. O pragmatismo econômico deve prevalecer sobre qualquer outra consideração.

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Paulo Feres

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