O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem chamado a atenção de todos com a criação de ministérios e a incorporação de uma base que antes era de direita e agora se tornou base da esquerda do presidente. Essa transformação política é motivo de revolta para alguns, que questionam a falta de informação e a ingenuidade de muitas pessoas que acreditam nessa mudança.

Uma frase em particular ressoa na mente de muitos críticos do governo: "Todo mundo é da base do Lula". Essa ideia é bastante irritante, não apenas por revelar a falsidade de tal afirmação, mas também por destacar a existência de uma parte da população que ainda acredita nela. É impressionante como pode haver tanta ignorância e imbecilidade no Brasil.

Essa ideia de todos estarem alinhados com o governo Lula vai além do campo político. Até mesmo dentro do Partido Liberal (PL), que poderia ser considerado como uma oposição ao presidente, 30% dos membros apoiam integralmente suas ações. Essa verdade inconveniente mostra que nem mesmo dentro do maior partido de “oposição” tem uma base sólida.

O tamanho do governo de Lula também chama a atenção. Há tantos ministérios que os próprios ministros acabam se confundindo com os nomes de suas pastas. Um exemplo disso é o caso do ex-ministro Márcio França, que após ser demitido de um cargo já foi nomeado para outro. No entanto, ele não lembrava exatamente qual era o nome de sua nova função, misturando os termos "microempresa" e "empreendedorismo" em suas entrevistas.

Essa confusão de ministérios e a constante criação de novas pastas levam à reflexão sobre a possibilidade de um futuro "Ministério do Supermercado" no governo Lula? É uma hipótese risível considerando a quantidade de partidos no presidencialismo de coalizão e a forma habilidosa como o PT sabe lidar com essa lógica política. Enquanto a direita se preocupa apenas com interesses fisiológicos e monetários, o PT desenvolve uma política estratégica e aproveita todas as oportunidades.

Nesse sentido, não é exagero imaginar que o governo Lula possa realmente criar mais um Ministério do “Supermercado”. Essa seria uma forma de contemplar o varejo e estabelecer uma estrutura para lidar com as oscilações de preços e demandas do mercado. No entanto, é importante lembrar que a conta sempre recai sobre a população. Seriam os brasileiros responsáveis por arcar com o estoque, troco e até mesmo com a grana desviada?

Enquanto houver uma parcela considerável da população brasileira que passa pano para populistas, como diz a expressão popular, continuaremos a pagar as contas dessas decisões governamentais. Uma pesquisa do Datafolha revelou que 50% dos brasileiros se consideram "bolsonaristas" ou "lulistas", o que mostra que metade do país ainda apoia essas figuras políticas. Essa divisão também revela que ainda há um número considerável de pessoas dispostas a defender políticos que promovem ações muitas vezes questionáveis.

Enquanto o Brasil seguir nesse cenário de divisão e polarização, seremos nós, cidadãos comuns, que teremos que lidar com as consequências dessas escolhas políticas. Seja nas contas dos novos Ministérios do Lula , seja nos gastos com o cartão corporativo, ou até mesmo na bancada de parlamentares em viagens internacionais, como já ocorreu no passado.

Em meio a tantos pontos de vista diferentes, é essencial que possamos debater essas questões com respeito e diversidade de opiniões. É importante analisar os problemas por diferentes ângulos e refletir sobre as consequências de nossas escolhas políticas. Afinal, só assim poderemos construir um futuro mais justo e próspero para todos os brasileiros.

Paulo Feres

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