A Fragilidade da Democracia e os Riscos do Autoritarismo
PAULO SÉRGIO • 15 de março de 2024
A Fragilidade da Democracia e os Riscos do Autoritarismo
Após a morte de Navalny, importante líder opositor do governo Putin, na prisão, a Rússia mais uma vez se vê envolta em polêmicas e questionamentos sobre sua natureza autoritária. O regime de Putin tem sido criticado constantemente pela maneira como trata a oposição, encarcerando e perseguindo aqueles que se opõem ao governo. Essa situação desperta reflexões sobre a fragilidade das democracias e os riscos do autoritarismo.
Putin e o regime autoritário russo
Não é novidade que a Rússia é governada por um sistema autoritário, com Vladimir Putin exercendo o poder de forma praticamente incontestável há mais de duas décadas. Sob seu comando, a oposição política tem sido frequentemente silenciada, com líderes e ativistas sendo presos ou até mesmo mortos. A recente morte de Navalny é apenas mais um exemplo dessa repressão.
Aqueles que o governo considera como ameaças são tratados de forma agressiva, seja através de encarceramento ou de ações mais extremas. O regime de Putin parece esmagar qualquer tipo de oposição, afetando a liberdade de expressão e ameaçando a própria democracia.
O perigo da intervenção militar
No Brasil, algumas vozes têm clamado por uma intervenção militar como solução para os problemas políticos e sociais que o país enfrenta. No entanto, ao analisarmos a Rússia e o regime autoritário de Putin, percebemos os riscos que a adoção de tal medida poderia trazer.
Um governo autoritário, liderado por um ditador, traria consigo uma série de problemas. Embora possa haver uma constituição e um parlamento, a estrutura do Estado estaria a serviço de um único líder e suas vontades. A liberdade de expressão seria cerceada e a oposição política injustamente perseguida.
A importância da democracia
Apesar de suas falhas, a democracia ainda se mostra como a melhor opção de governo. Ela proporciona a existência de uma constituição, eleições e a liberdade de oposição. E embora existam abusos em qualquer sistema político, a democracia liberal permite um equilíbrio de poderes que reduz as chances de um único indivíduo acumular poder e ameaçar as instituições.
A história recente do Brasil
A soltura do ex-presidente Lula foi um acontecimento que gerou polêmica e curiosidade sobre os rumos da democracia brasileira. O apoio de Jair Bolsonaro a Lula, através do ministro Alexandre de Moraes, é um exemplo claro de como a democracia e suas instituições estão em constante debate e mudança.
É necessário ressaltar que o Brasil possui uma constituição e um sistema democrático estabelecido. E embora seja legítimo criticar os abusos e falhas do Supremo Tribunal Federal, é importante reconhecer que a democracia é o sistema que nos permite questionar tais abusos e buscar melhorias.
O compromisso das Forças Armadas com a democracia
É crucial notar que no Brasil as Forças Armadas estão comprometidas com a defesa da democracia. A intervenção militar não é uma possibilidade e deve ser rejeitada. O fato de o exército não ter apoio popular e não ter se posicionado quando alguns grupos clamaram por um golpe evidencia esse compromisso.
O papel do cidadão na defesa da democracia
Cabe ao cidadão brasileiro zelar pela democracia e defender os valores que a sustentam. Isso significa participar ativamente do debate político, cobrar transparência e responsabilidade dos governantes e valorizar as instituições democráticas.
A morte trágica de Navalny na Rússia traz à tona a discussão sobre os perigos do autoritarismo e a importância da democracia. Embora a democracia liberal tenha suas falhas, ela é a melhor forma de governo que temos atualmente. E cabe a cada um de nós, cidadãos, proteger e fortalecer essa democracia, evitando cair nas tentações de um regime autoritário que ameaçaria nossa liberdade e o equilíbrio de poderes.