A importância da logística na guerra e as consequências para o Hamas
PAULO SÉRGIO • 28 de dezembro de 2023
A importância da logística na guerra e as consequências para o Hamas
Você já deve ter ouvido a frase "um exército marcha sobre o estômago dos seus homens". Essa máxima, atribuída a Napoleão Bonaparte, ilustra bem a importância da logística em operações militares. Sem um suprimento adequado de munição e armamento, não é possível ter um combate eficiente. O recente ataque do exército de Israel ao Hamas, na faixa de Gaza, demonstra o impacto direto que a logística pode ter em um conflito.
A logística é um dos elementos fundamentais para o sucesso de uma operação militar. Ela envolve desde a aquisição e transporte de suprimentos até a manutenção e reparo de equipamentos. No caso do Hamas, um grupo fundamentalista palestino, que luta contra a ocupação israelense, a logística é ainda mais delicada. O Hamas depende quase que exclusivamente de fornecedores externos, como o Irã, para obter munição e armas.
O apoio do Irã ao Hamas e a outros grupos fundamentalistas, como o Hezbollah, no Líbano, tem sido uma preocupação constante para Israel. O recente ataque israelense a um depósito de armas do Hezbollah, no Líbano, reforça essa preocupação. O exército de Israel deixou claro que o que foi feito em Gaza pode ser replicado em Beirute, a capital do Líbano, onde o Hezbollah está sediado.
O Hezbollah, assim como o Hamas, possui fronteira direta com Israel e representa uma ameaça significativa. O grupo é mais treinado e possui mais armas do que o Hamas, o que torna uma possível confrontação ainda mais perigosa. Os Estados Unidos também têm emitido avisos ao Hezbollah, demonstrando que a comunidade internacional está atenta a essa questão.
No entanto, até o momento, os confrontos têm sido pontuais e não têm evoluído para uma guerra total. Israel tem respondido aos ataques com escaramuças localizadas, visando enfraquecer as capacidades do Hamas e do Hezbollah. Um exemplo disso é o ataque a um depósito de armas do Hezbollah, que resultou em uma grande perda para o grupo.
Além disso, é importante ressaltar que a Força Aérea Israelense tem operado apenas com 10% da sua capacidade no sul de Israel, próximo à faixa de Gaza. Isso ocorre porque a situação em Gaza está, em grande parte, sob controle. Os outros 90% de capacidade da Força Aérea estão prontos para entrar em ação a qualquer momento, caso necessário.
O fato de Israel estar preparado e com uma grande capacidade militar pronta para entrar em ação pode servir como um dissuasivo para o Hezbollah. Em um confronto com Israel, o Líbano, especificamente Beirute, enfrentaria consequências devastadoras. No entanto, não há garantias de que o Hezbollah não vá tomar essa iniciativa, uma vez que esse grupo fundamentalista age de forma independente do governo libanês.
Portanto, é importante manter-se atualizado sobre o desenrolar dos conflitos na região e entender que a logística desempenha um papel fundamental nessas situações. A comunidade internacional está atenta aos movimentos do Hamas e do Hezbollah, e a tensão na região continua alta. Fique por dentro das últimas notícias e análises sobre o assunto, inscreva-se em nosso canal e participe de nossa comunidade.