No mundo todo, a corrupção é um problema recorrente que prejudica o desenvolvimento e a prosperidade de países. É por isso que organizações como a Transparência Internacional têm um papel fundamental na luta contra essa prática indevida. Fundada em 1993, essa ONG sediada em Berlim, na Alemanha, se dedica a medir e combater a corrupção em todo o planeta.

No entanto, mesmo com um trabalho tão relevante, a Transparência Internacional acabou sendo alvo de uma absurda decisão do ministro Dias Toffolli aqui no Brasil. Contrariando um parecer explícito da Procuradoria-Geral da República que já havia inocentado a organização em 2020, o ministro ordenou uma investigação sobre a Transparência Internacional. Essa ação suspeita levanta questionamentos sobre os verdadeiros interesses por trás dela, principalmente em relação à defesa dos irmãos Batistas e possíveis tentativas de atingir a operação Lava-Jato.

Tanto a Lava-Jato quanto a Transparência Internacional têm sido alvo de críticas e ataques nos últimos anos, principalmente no contexto político conturbado que vivemos. É importante ressaltar que a Lava-Jato já sofreu sérios desgastes tanto no governo Bolsonaro quanto no governo Petista, o que indica uma aparente correlação entre a deterioração da operação e o enfraquecimento das instituições de combate à corrupção no país.

O lulopetismo, por exemplo, é uma força política que historicamente foi muito criticada por seu envolvimento em escândalos de corrupção. Quando os interesses de diferentes grupos políticos se unem, as consequências podem ser desastrosas para a sociedade. Infelizmente, muitos não conseguem enxergar os danos causados por essas alianças, tornando-se verdadeiros idólatras de líderes políticos.

A situação atual do Brasil reflete a falta de responsabilidade e comprometimento por parte de autoridades e do povo em geral. A justiça, que deveria ser o alicerce do combate à corrupção, muitas vezes se mostra conivente com práticas indevidas, o que reforça a necessidade urgente de uma remodelação do código penal e de todo o sistema judicial.

No entanto, apesar das circunstâncias desanimadoras, ainda existem vozes que se levantam contra a impunidade e a falta de ética na política. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por exemplo, respondeu de forma assertiva à tentativa de intimidação e retaliação contra a Transparência Internacional. Mesmo que sua resposta seja um importante sinal de resistência, é preciso reconhecer que ela pode não ser suficiente em um país onde a falta de vergonha na cara e a idolatria aos políticos são tão presentes.

O Brasil precisa de mudanças significativas para romper com esse ciclo vicioso de corrupção e impunidade. É necessário que a sociedade cobre dos seus representantes uma postura ética e comprometida com o bem comum. Além disso, é essencial fortalecer a atuação de organizações como a Transparência Internacional, apoiando suas ações e tornando-as cada vez mais relevantes na luta contra a corrupção.

Portanto, é fundamental que tanto as autoridades quanto os cidadãos brasileiros se envolvam ativamente no combate à corrupção, trabalhando para construir um país mais justo, transparente e ético. Afinal, só assim poderemos nos livrar desse cenário nojento e vergonhoso que nos coloca em uma posição vexatória perante o resto do mundo.

Paulo Feres

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