No cenário político atual, é difícil ignorar a influência do filósofo russo Alexander Dugin. Conhecido por seu debate com Olavo de Carvalho, que inclusive resultou em um livro intitulado "Olavo de Carvalho versus Alexander Dugin", suas ideias têm chamado a atenção não apenas na Rússia, mas também em diversos países ao redor do mundo.

Um de seus artigos mais polêmicos traz a previsão de que a Terceira Guerra Mundial já está em andamento. Embora muitos torçam para que estejamos equivocados, as palavras de Dugin merecem ser consideradas com seriedade. Afinal, sua influência entre militares russos e oligarcas russos é inegável.

Dugin argumenta que o recente conflito entre Israel e o Hamas pode ser um catalisador para uma união entre o fundamentalismo islâmico e o extremismo político. Caso isso aconteça, estaríamos diante de um terrível enfrentamento que ultrapassaria as fronteiras do Oriente Médio.

A guerra na Europa, especialmente entre Ucrânia e Rússia, também é uma preocupação constante. Com as democracias liberais apoiando fortemente a Ucrânia e os regimes autoritários e totalitários apoiando a Rússia, não há uma previsão de quando esse conflito irá se encerrar. E, como sabemos, a Europa está próxima, o que torna a situação ainda mais alarmante.

Para complicar ainda mais o cenário, o Irã, sob o regime dos Ayatollahs, é o financiador de diversos grupos radicais, como Hamas, Heszbollah e Houthis. Esses grupos, cujo principal objetivo é causar caos e espalhar a violência, são responsáveis por ataques terroristas e por alimentar o clima de hostilidades.

O Irã, que já foi a Pérsia, um país exuberante e maravilhoso em termos culturais, sofreu uma transformação com o advento do regime fundamentalista dos Ayatollahs. Atualmente, os iranianos enfrentam uma opressão severa por parte desse governo, cujas ações extremas têm gerado indignação global.

Diante desse contexto caótico, Alexander Dugin acredita que estamos presenciando o início da Terceira Guerra. Embora seja apenas uma opinião, suas palavras – baseadas em sua extensa pesquisa e conhecimento do cenário político mundial – não podem ser simplesmente descartadas.

No entanto, é importante ressaltar que nem todos concordam com essa visão pessimista. Acreditam que é possível buscar soluções diplomáticas, fortalecer as alianças internacionais e promover o diálogo para evitar um conflito em larga escala.

Em países como a Inglaterra e a França, por exemplo, autoridades têm reprimido e processado indivíduos que demonstram apoio ao Hamas. No entanto, há quem defenda que tais medidas sejam insuficientes e que seja necessário ser mais enérgico na repressão e até mesmo em deportações para evitar que esses grupos aproveitem a liberdade das democracias liberais para fomentar ideias extremistas.

Apesar das divergências de opiniões, é inegável que estamos em um momento de crescente apoio aos grupos extremistas em meio às democracias liberais. O mundo enfrenta desafios complexos que exigem análises aprofundadas e soluções eficazes.

Como sociedade, precisamos estar alertas e buscar um entendimento mais amplo dessas questões para formar nossas próprias opiniões. Afinal, só assim poderemos contribuir para um mundo mais pacífico e equilibrado.

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Paulo Feres

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