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Anielle Franco, irmã de Marielle, Ministra da Igualdade Racial cheia de 'gracinha'

PAULO SÉRGIO • 28 de setembro de 2023

Anielle Franco, irmã de Marielle, Ministra da Igualdade Racial cheia de 'gracinha'



 


O debate em torno do racismo no Brasil vem ganhando cada vez mais espaço nos últimos anos. Entretanto, enquanto muitos lutam pela igualdade racial e pela conscientização da população sobre esse tema, há aqueles que utilizam o discurso de combate ao racismo de forma equivocada e contraditória.

 

Um exemplo disso é a recente polêmica envolvendo a Ministra Aniele Franco e sua equipe. A ministra, que faz parte da mesma patota de Silvio Almeida, foi alvo de críticas por suas atitudes e declarações que refletem uma agenda conflitante do racismo estrutural.

 

Em vídeos e posts nas redes sociais, a ministra demonstrou uma visão limitada do problema, focando apenas em um aspecto e agindo de forma discriminatória e xenófoba. É contraditório e preocupante que alguém que deveria combater o racismo utilize o mesmo para promover sua própria agenda.

 

A questão vai além das declarações infelizes da ministra em relação aos torcedores do São Paulo Futebol Clube. O problema está no fato de que a agenda defendida por ela não busca a real transformação social e a igualdade racial, mas sim a manutenção de seu poder e influência. É uma postura que prejudica a causa de tantas pessoas que lutam verdadeiramente pelo combate ao racismo no Brasil.

 

O uso equivocado da pauta do racismo estrutural, importada dos Estados Unidos, também é preocupante. Enquanto nos EUA essa questão apresenta uma realidade de conflitos entre negros e brancos, no Brasil a situação é diferente. Aqui, o racismo se manifesta de diversas formas e atinge não apenas negros, mas também indígenas, asiáticos e outros grupos étnicos.

 

É fundamental compreender que a luta contra o racismo não deve ser utilizada como instrumento político, mas sim como uma busca por justiça e igualdade para todos. Além disso, é importante destacar que o Brasil possui diversas políticas públicas e leis que visam combater o racismo, e é dever do Estado garantir que essas medidas sejam efetivas.

 

Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de uma reflexão profunda sobre o papel dos representantes políticos que ocupam cargos importantes em nossos governos. Infelizmente, não é a primeira vez que nos deparamos com casos de pessoas despreparadas e que utilizam os recursos públicos para fins pessoais, sem levar em consideração o bem-estar da população.

 

Não se pode passar pano para comportamentos racistas, xenófobos e discriminatórios, principalmente quando partem daqueles que têm a responsabilidade de representar e governar um país. É necessário que a sociedade civil se posicione e cobre que as atitudes e declarações racistas sejam investigadas e punidas de acordo com a lei.

 

Além disso, é importante que os governantes assumam uma postura firme em relação a casos como esse. A demissão de ministros e secretários envolvidos em situações de racismo é um primeiro passo para mostrar que a igualdade e o respeito são valores fundamentais para a administração pública.

 

A sociedade civil também deve desempenhar um papel ativo nesse processo. Através de denúncias, representações e cobranças, é possível pressionar as autoridades competentes a agirem de forma transparente e eficiente.

 

É necessário deixar claro que o combate ao racismo não se faz com mais racismo, mas sim com educação, conscientização e ações efetivas que promovam a igualdade de oportunidades para todos. A causa é nobre e urgentemente necessária, e não podemos permitir que ela seja utilizada de forma distorcida e incoerente por aqueles que estão no poder.

 

O Brasil precisa de representantes comprometidos com a luta contra o racismo, capazes de promover mudanças reais e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Cabe a nós, cidadãos, exigir e apoiar essas transformações, para que possamos construir um país onde todas as pessoas sejam respeitadas e valorizadas, independentemente de sua cor de pele, origem étnica ou orientação racial.



Paulo Feres

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