Ano legislativo começa quente: Arthur Lira e Pacheco fazem declarações firmes
O início do ano legislativo no Brasil tem sido bastante movimentado, com declarações firmes e fortes tanto do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, quanto do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Neste artigo, vamos analisar as cobranças feitas por Lira ao Governo Federal quanto às emendas parlamentares e a postura de Pacheco confrontando o Supremo Tribunal Federal. Além disso, vamos discutir a captura por parte do Legislativo e do Judiciário do orçamento público e seus impactos na política brasileira.
As cobranças de Arthur Lira ao Governo Federal
No início do ano legislativo, Arthur Lira não poupou críticas ao Governo Federal, especialmente quanto às emendas parlamentares. O presidente da Câmara dos Deputados chamou a atenção para o chamado "orçamento secreto", no qual o Legislativo captura uma parte do orçamento para si. Neste ponto, é importante entender o processo orçamentário e a relação entre os poderes Executivo e Legislativo.
O processo orçamentário no Brasil
O orçamento federal é elaborado pelo Executivo e enviado ao Congresso Nacional. O Congresso é responsável por fiscalizar e fazer emendas no orçamento, antes de votá-lo. Após a votação, o Executivo tem a obrigação de executar o orçamento, cumprindo as políticas públicas prometidas em campanha, além das demandas parlamentares.
A relação conflituosa entre Executivo e Legislativo
No Brasil, ao longo dos anos, a relação entre Executivo e Legislativo tem sido marcada pelo jogo de poder. O Executivo, muitas vezes, condiciona a liberação das emendas parlamentares ao voto favorável dos deputados aos projetos de interesse do governo. Esse cenário levou o Legislativo a buscar mais poder, criando as chamadas emendas impositivas, garantindo aos deputados um valor fixo de emendas, independentemente do alinhamento político com o governo.
A captura do orçamento público pelo Legislativo
Com essa ferramenta das emendas impositivas, o Legislativo passou a ter um poder considerável sobre o orçamento público, direcionando recursos para suas bases eleitorais e demandas específicas. Essa relação desigual levou à expressão do poder do Legislativo e enfraqueceu o Executivo. Note-se que a captura do orçamento se dá tanto para políticas públicas, como saúde e educação, quanto para interesses particulares, levando à corrupção e desvio de recursos.
O enfraquecimento do Executivo e a ascensão do Judiciário
Além do Legislativo, o Judiciário também capturou parte do orçamento público ao longo dos anos. O Judiciário, que já exerce grande poder na sociedade brasileira, ganhou ainda mais influência, extrapolando as competências previstas na Constituição. Essa ascensão do Judiciário enfraqueceu ainda mais o Executivo, resultando em uma relação desigual entre os poderes.
O início do ano legislativo no Brasil tem sido marcado por declarações firmes e confrontos entre os poderes. Enquanto Arthur Lira cobra do Governo Federal a execução das emendas parlamentares, Rodrigo Pacheco confronta o Supremo Tribunal Federal. Além disso, a captura do orçamento público pelo Legislativo e pelo Judiciário tem trazido consequências negativas para a política brasileira. Resta esperar para ver qual será o desenrolar desses embates e como essas questões afetarão o futuro do país.
Paulo Feres
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