A falta de seriedade que assola o Brasil fica evidente mais uma vez com a recente premiação da ex-presidente Dilma Rousseff como economista do ano. Essa escolha não reflete em nada a realidade do país, mas revela muito sobre o estado atual de nossa nação.

Um Brasil não sério é o que se apresenta diante de nós, onde até mesmo um renomado estadista como Charles de Gaulle atribuiu a famosa frase "O Brasil não é um país sério", mas logo em seguida se negou a tê-la pronunciado. No entanto, independentemente de sua autoria, a frase reflete uma triste realidade em nosso país: a falta de seriedade política e institucional.

Um dos principais problemas que evidenciam essa falta de seriedade é o funcionamento do Poder Judiciário. Ao invés de promover a justiça, ele se ocupa em aumentar a burocracia e o acúmulo de processos, beneficiando-se de cargos e privilégios que não condizem com o sustento de uma sociedade justa.

Além disso, o Congresso Nacional, que deveria ser responsável por legislar em prol do interesse público, se mostra mais preocupado em desviar recursos das políticas públicas. Independentemente do governo, seja de esquerda ou direita, a principal finalidade é obter dinheiro e garantir os próprios interesses, deixando de lado o bem-estar da população.

O Executivo também está longe de ser sério. A recente prisão do ex-presidente revelou o envolvimento de altos cargos políticos em esquemas de corrupção, mostrando como a falta de seriedade permeia todos os níveis do governo. O fato de que crimes cometidos por políticos prescrevem antes de serem julgados é mais um exemplo de como a falta de justiça é uma marca registrada do nosso país.

A população não fica isenta dessa falta de seriedade. A idolatria de pessoas que foram condenadas por corrupção revela como a sociedade brasileira ainda sustenta uma mentalidade de impunidade, onde crimes são esquecidos e criminosos se tornam figuras respeitáveis. Esse tipo de comportamento apenas reforça a falta de seriedade que existe em nosso país.

E não são apenas os políticos e o povo que são responsáveis pela falta de seriedade do Brasil. Grandes empresários e banqueiros, inclusive aqueles considerados representantes do capitalismo, investem em candidatos de esquerda, como o PSOL, mostrando como interesses pessoais estão acima de qualquer ideologia. Essas contradições só reforçam a falta de seriedade de nossa sociedade.

Apesar de tudo, ainda há esperança para um Brasil sério. Precisamos nos unir como uma comunidade que busca a honestidade e a justiça. Devemos cobrar dos políticos e das instituições que sejam sérios em suas ações e decisões. E, principalmente, devemos educar a população para a importância da ética e da integridade, para que possamos construir um país verdadeiramente sério.

É hora de deixarmos de lado a piada que se tornou a política brasileira e trabalharmos juntos em prol de um país sério e justo. Convido você a fazer parte dessa comunidade que busca a mudança. Vamos cobrar, exigir e lutar por um Brasil sério. Estamos esperando por você.

Paulo Feres

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