A CPI do MST e a importância do engajamento político

Nos últimos dias, um vídeo viralizou nas redes sociais, onde um influenciador digital relatava a falta de voto no relatório da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Congresso Nacional. Esse acontecimento levantou diversas discussões sobre o papel das comissões parlamentares de inquérito e sobre a necessidade do engajamento político por parte da sociedade.

A CPI do MST foi criada com o intuito de investigar as ações do movimento social, especialmente em relação à ocupação de terras e ao uso de recursos financeiros. No entanto, o relatório final da comissão sequer chegou a ser votado. Isso gerou frustração entre aqueles que acreditavam que essa seria uma oportunidade de esclarecer os fatos e de responsabilizar os envolvidos, se houvesse irregularidades.

Destaco a importância de conhecer a realidade dos fatos antes de expressar opiniões baseadas apenas em ideologias e pré-conceitos. Ele também enfatizou que o processo político exige trabalho duro e negociação no Congresso Nacional, algo que muitos não compreendem.

A falta de entendimento sobre o funcionamento das instituições democráticas é um problema recorrente. Muitas vezes, as pessoas se deixam levar por discursos polarizados, sem procurar informações imparciais e aprofundar-se nos assuntos discutidos. Isso gera uma atmosfera de ódio e desinformação, dificultando o debate e a construção de soluções efetivas para os problemas enfrentados pelo país.

É fundamental que a sociedade esteja engajada e participe ativamente do processo político. Isso inclui conhecer os mecanismos de funcionamento do Estado, acompanhar as discussões parlamentares, se informar sobre os projetos de lei em tramitação e cobrar ações dos representantes eleitos.

Ressalto que a política não deve ser encarada como uma torcida de futebol, onde se apoia cegamente um lado, sem questionamentos. É necessário buscar um olhar crítico e buscar o diálogo, mesmo que seja com pessoas que possuam ideias diferentes das nossas.

O relatório da CPI do MST não ser votado não deve ser encarado como uma derrota final. O ativismo político é um processo contínuo, que exige persistência e resiliência. É importante lembrar que, mesmo que algumas batalhas sejam perdidas, outras oportunidades surgirão para a sociedade se manifestar e lutar por seus direitos.

É essencial que a população saiba cobrar seus representantes e demandar transparência em todas as esferas de poder. A atuação dos cidadãos não se limita apenas ao voto nas eleições, mas também ao acompanhamento e pressão dos políticos durante seus mandatos.

É importante que as pessoas estejam atentas às informações compartilhadas nas redes sociais e busquem sempre uma fonte confiável para embasar suas opiniões. Não se trata de acreditar em tudo que se vê, mas sim de desenvolver um senso crítico.

Portanto, a CPI do MST e sua falta de votação servem como um alerta para a importância da participação efetiva da sociedade no processo político. É preciso compreender que a política vai além de meras ideologias e discursos inflamados. É um trabalho constante, que requer estudo, diálogo e engajamento. A sociedade tem o poder de influenciar e transformar a realidade, mas para isso é necessário conscientização e participação ativa.

Paulo Feres

ACOMPANHE OS ARTIGOS NO BLOG DO SITE

 www.coronelferes.com.br