Entenda a conclusão do inquérito policial militar sobre os atos do dia 8
No último dia 8, muita polêmica foi gerada em torno da conclusão do inquérito policial militar do Exército sobre os atos ocorridos nessa data.
Diversos veículos de imprensa, como a “Beautiful People”, foram enfáticos ao criticar a conclusão, assim como muitas pessoas da direita também o fizeram. Diante disso, é importante analisar os fatos de forma mais aprofundada para compreender melhor a situação.
O inquérito policial militar isentou o Exército da responsabilidade pelos acontecimentos do dia 8 e atribuiu essa responsabilidade ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula. É preciso deixar claro que o GSI tem status de ministério e não está subordinado ao exército. Existem militares das três forças lotados no GSI, assim como profissionais da inteligência e da Polícia Federal.
O GSI é uma secretaria do governo em exercício, no caso atual, do governo Lula. Portanto, não possui nenhuma relação direta com o Exército. Embora seja comandado por um general e tenha militares do exército em sua equipe, é importante entender que ser militar não implica automaticamente em ser responsável pelas ações do exército. São coisas distintas.
No caso dos atos do dia 8, caberia ao GSI a responsabilidade de conter os vândalos que cometeram atos de violência. Segundo o inquérito, houve uma falha do GSI no planejamento, permitindo a invasão do Palácio do Planalto. Essa conclusão foi simples, mas há pontos contestáveis.
Uma crítica que pode ser feita é a falta de um capítulo especial no inquérito dedicado ao acampamento dos manifestantes. O acampamento tem uma série de ocorrências criminosas, desde uma tentativa de explosão no aeroporto até a invasão da Polícia Federal em dezembro. Essa situação poderia ter sido mais bem detalhada no inquérito.
Cabe agora ao GSI realizar uma sindicância interna, como é de sua responsabilidade, e encaminhar as conclusões ao procurador-geral da república. Além disso, é possível que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) convoque os responsáveis pelo inquérito para esclarecer algumas questões. No entanto, é importante ressaltar que a apuração deve ser feita com seriedade e técnica, sem a necessidade de gritos e acusações. É preciso deixar os órgãos competentes fazerem seu trabalho e apresentarem resultados satisfatórios.
A gritaria da esquerda em relação ao Exército é equivocada, mas é necessário que haja explicações claras e esclarecedoras. Em resumo, o inquérito policial militar concluiu que a responsabilidade pelos atos do dia 8 recai sobre o GSI, não sobre o Exército. Agora, cabe ao GSI realizar sua própria investigação interna e encaminhar as conclusões aos órgãos competentes.
É fundamental que a apuração seja feita de forma imparcial e técnica, visando esclarecer os fatos e responsabilidades envolvidos.
Paulo Feres
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