Um exemplo recente disso foi o ataque homofóbico do ex-deputado Jean Wyllys ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Esse episódio evidencia como a falta de preparo e o desconhecimento das pautas são características presentes nos extremos tanto da esquerda quanto da direita.

A atitude descabida de Jean Wyllys mostra que, para alguns extremistas, o importante não é a defesa das pautas homossexuais ou de qualquer outra causa, mas sim "lacrar" na internet e ganhar destaque. Essa mentalidade superficial e focada em likes e votos prejudica o próprio debate público e causa prejuízos àqueles que realmente buscam a construção de uma sociedade mais justa.

É importante destacar que o extremismo político não é exclusividade de um lado ou do outro. Tanto eleitores de esquerda quanto de direita são atraídos por esse tipo de postura radical, que busca apenas o confronto e a polarização, em detrimento do diálogo construtivo e da busca por soluções efetivas.

Essa hipocrisia presente no cenário político brasileiro reflete também a falta de compromisso com as causas defendidas. Muitos extremistas utilizam qualquer evento ou posicionamento para ganhar destaque, sem realmente se importar com os impactos positivos que podem ser gerados. Esse comportamento prejudica não apenas os debates públicos, mas também a própria credibilidade dos políticos e de suas propostas.

Cabe destacar que o eleitor tem um papel importante nesse cenário. Ao rejeitar o extremismo e valorizar candidatos que buscam o diálogo e a construção de consensos, é possível contribuir para a melhoria do debate político no país.

O voto consciente é fundamental para que sejam eleitos representantes comprometidos com as causas verdadeiras e capazes de promover mudanças reais. Além disso, é necessário que a sociedade como um todo esteja atenta a esses comportamentos extremistas e repudiá-los de forma contundente.

A disseminação de discursos de ódio e ataques pessoais só contribui para aumentar a polarização e afastar ainda mais os diferentes grupos sociais. Por fim, é preciso lembrar que a diversidade de opiniões é fundamental para o fortalecimento da democracia e para a construção de uma sociedade mais justa.

O diálogo respeitoso e a busca por soluções que beneficiem a todos devem pautar as discussões políticas, em vez de ataques pessoais e extremismo. Somente assim poderemos avançar em direção a um país mais tolerante e democrático.

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Paulo Feres

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