No atual cenário político do Brasil, é raro elogiar um membro do STF. No entanto, é importante reconhecer quando há uma ação corajosa e em defesa da liberdade de expressão. Foi o caso do ministro Mendonça, conhecido como Terrivelmente Evangélico, que reverteu uma decisão polêmica que ordenava a retirada de um show do comediante Léo Lins de todas as plataformas digitais. O gesto de Mendonça merece aplausos, pois demonstra um compromisso com a democracia e com o respeito à diversidade de opiniões.

Léo Lins é um humorista conhecido por seu humor ácido e politicamente incorreto. Embora seu estilo de comédia não agrade a todos, é fundamental lembrar que a liberdade de expressão é um dos pilares da democracia. Censurar e proibir um comediante de exercer sua profissão é um ato que vai contra os princípios básicos da nossa sociedade.

O caso de Léo Lins não é isolado. Infelizmente, vivemos em um momento em que a censura e a repressão estão se tornando cada vez mais comuns. Recentemente, o podcaster Monarke também foi alvo de censura, tendo suas apresentações proibidas. É essencial que lutemos contra esse tipo de violação da liberdade de expressão, pois isso afeta não só os artistas, mas também toda a sociedade.

É importante ressaltar que a lei que embasou a decisão judicial contra Léo Lins foi aprovada durante o governo Bolsonaro, por um parlamentar bolsonarista da Bahia. Essa lei recebeu votos de parlamentares tanto da situação quanto da oposição, mostrando que a censura não tem partido político. Infelizmente, a polarização política tem permitido que casos como esse aconteçam, prejudicando o livre exercício da arte e do humor.

Diante desse contexto, é louvável que o ministro Mendonça tenha agido em defesa da liberdade de expressão. Seu gesto demonstra que é possível conciliar as crenças religiosas com o respeito à pluralidade de ideias. Devemos lembrar que a liberdade de expressão não significa concordar com todas as opiniões, mas sim permitir que todos possam expressar seus pensamentos e opiniões sem medo de represálias.

Em um país como o Brasil, onde a diversidade cultural e o senso de humor são características marcantes, a censura é ainda mais preocupante. Precisamos valorizar e proteger nossos artistas, pois são eles que nos proporcionam momentos de alegria e reflexão. A censura é um retrocesso, uma ameaça à nossa democracia.

Por isso, é fundamental que todos nós estejamos atentos e engajados na defesa da liberdade de expressão. Devemos rejeitar a censura e lutar pela garantia dos direitos fundamentais de todos os cidadãos. O caso de Léo Lins serve como um alerta e um lembrete de que a censura está presente em nosso cotidiano, e precisamos combatê-la com veemência.

Parabéns ao ministro Mendonça, o Terrivelmente Evangélico, por ter tomado uma posição corajosa em defesa da liberdade de expressão. Seu gesto nos mostra que é possível superar as diferenças e lutar pelos valores democráticos que tanto prezamos. Resta-nos esperar que mais pessoas, independentemente de suas crenças religiosas ou filiações políticas, sigam o mesmo exemplo e ajam em prol da liberdade de expressão em nosso país.

Paulo Feres

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