Por que o amor não é o suficiente: Reflexões sobre poder e dinheiro na política brasileira
Em meio a tantas incertezas e decepções na cena política brasileira, é comum desejarmos um amor que possa nos confortar e nos trazer esperança. Mas será que o amor é realmente suficiente nesse contexto?
Há quem acredite que consolidar uma relação amorosa com um anel de diamante seja a garantia de uma união duradoura, afinal, os diamantes são eternos. Porém, essa perspectiva pode ser questionada, especialmente quando lembramos que os diamantes mencionados pertencem aos presidentes, figuras políticas muitas vezes distantes da realidade da maioria da população.
A possibilidade de consolidar um relacionamento com uma pilha de dólares, representado por um cartão infinito para amar. Essa imagem traz à tona a ideia de que o dinheiro pode ser o alicerce de uma relação, mas sua durabilidade está condicionada à disponibilidade dessa pilha de dólares.
O protagonista da história, o CENTRÃO, não se interessa muito por diamantes, mas sim pela pilha de "la plata". Essa preferência indica uma inclinação para o dinheiro em formato de notas, que ganham vida através dos impostos, do trabalho e do suor dos indivíduos. É uma representação crítica da exploração que ocorre na sociedade, na qual o poder político e econômico se beneficia do esforço do povo.
Esse panorama nos leva a refletir sobre a relação entre poder e felicidade na política brasileira. O CENTRÃO, que explora tanto os progressistas como os conservadores, conquistou a chave do cofre do governo. Isso significa que a distribuição de cargos e benefícios se torna um objeto de satisfação para o Congresso e para os políticos que estão no poder.
As diretorias da Caixa Econômica Federal ficarão com o PP do Arthur Lira, o que evidencia a relação entre poder e dinheiro. O bom humor dos parlamentares é facilmente conquistado quando há dinheiro envolvido, seja por meio de emendas ou outras formas de vantagens financeiras. Essa lógica de satisfação aplicada ao Legislativo e Executivo reflete a forma como a República está dividida atualmente. O PODER com o SUPREMO, o dinheiro com o LEGISLATIVO e o circo com o EXECUTIVO.
Essa realidade não é nova, mas sim algo que tem se perpetuado ao longo do tempo. O Centrão, muito presente na política brasileira, parece estar satisfeito com as oportunidades econômicas que o poder traz consigo. E parte da população brasileira também se sente feliz quando seus políticos estão no controle do cofre, assim como vendem sua felicidade para manter a estrutura atual.
No entanto, nem todos estão satisfeitos. Os inscritos no canal representam uma parcela que não aceita essa lógica de pão e circo, que não vende sua felicidade em troca de migalhas. Infelizmente, essa mentalidade parece não ser a maioria, já que os inscritos são apenas uma minoria em meio aos 50% da população que ainda se sente feliz com essa dinâmica.
Mas o que podemos fazer diante dessa realidade? Devemos manter o trabalho árduo e seguir pagando impostos, mesmo que isso signifique ter as costas expostas ao chicote das elites. No entanto, também os convido a enxergar o Brasil por um ângulo diferente, por meio de reflexões e debates proporcionados pelo canal.
Acompanhar a cena política diariamente pode ser uma forma de tomar consciência das engrenagens que movimentam o país e assim, buscar alternativas para uma sociedade mais justa . O conhecimento adquirido pode ser transformador quando utilizado de maneira consciente e crítica.
Afinal, o amor é importante, mas não pode ser o único elemento a ser considerado em meio ao jogo político. É necessário analisar as estruturas de poder, as relações de conta-gotas entre políticos e população, e assim lutar por mudanças que tragam uma sociedade mais justa e equilibrada. O amor deve estar aliado à transformação e à busca por um país mais digno e justo para todos.