Operação Lesa Pátria: A história por trás da 22ª fase e suas consequências devastadoras
PAULO SÉRGIO • 16 de dezembro de 2023
Operação Lesa Pátria: A história por trás da 22ª fase e suas consequências devastadoras
A Polícia Federal acaba de deflagrar a 22ª fase da Operação intitulada "Lesa Pátria". Essa operação, diferente das anteriores, teve como foco principal os financiadores do esquema de financiamento dos Atos do Dia 8. Muitos desses financiadores foram encontrados em Santa Catarina, mais precisamente nas cidades de Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Gaspar, Rio do Sul e Chapecó. Além disso, foram identificados também financiadores em outros dois estados.
Durante essa fase da operação, a Polícia Federal bloqueou todos os bens dos suspeitos, o que incluiu carros, imóveis e contas bancárias. A Procuradoria-Geral da República havia pedido a quantia de 40 milhões de reais para cobrir os prejuízos causados pelos danos causados. Vale ressaltar que essas pessoas forneceram recursos financeiros para ações que desembocaram no fatídico dia 8.
É importante mencionar que, há algum tempo, eu já havia alertado sobre os riscos de participar dessas manifestações. No dia 3 de novembro, por exemplo, publiquei um post pedindo para que as pessoas não se envolvessem nessas ações, pois havia indícios de que algo errado poderia ocorrer. Alguns poucos que me ouviram conseguiram evitar serem presos e agora podem continuar vivendo suas vidas normalmente. Já aqueles que ignoraram meu aviso e foram participar das manifestações acabaram sendo detidos, tendo seus bens apreendidos e suas famílias devastadas.
É triste perceber que muitos desses manifestantes não tinham plena consciência das consequências de seus atos. Ao defenderem a intervenção militar liderada pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro, eles acreditavam que estavam agindo em prol da nação. No entanto, é importante ressaltar que Bolsonaro, como qualquer outro político, tem seus próprios interesses e dificilmente irá se importar com o destino dessas pessoas que o apoiaram cegamente.
Essas pessoas que agora estão presas e com seus bens confiscados enfrentam um futuro sombrio. A dívida contraída por elas é com a União e, consequentemente, será passada para seus herdeiros. Ou seja, a família desses indivíduos está arruinada e terá que arcar com as consequências das ações irresponsáveis que eles cometeram em nome de uma ideologia política.
Ao vermos o sofrimento dessas pessoas que foram enganadas e manipuladas, é importante refletir sobre a crueldade dessa situação. Muitos foram usados como massa de manobra por políticos populistas, que se aproveitaram de suas fragilidades e necessidades para promoverem suas agendas pessoais. Um exemplo disso foi o caso da esposa de um dos manifestantes, que foi utilizada como pretexto em um discurso político, mesmo tendo recentemente perdido seu companheiro.
É intrigante pensar que, enquanto algumas pessoas contribuíram com a quantia de 17 milhões de reais para Bolsonaro, não foi feita nenhuma doação para ajudar essa pobre mulher a superar seus problemas financeiros durante esse momento difícil. Isso mostra o quanto a falta de empatia e solidariedade é presente no universo bolsonarista.
É hora de agirmos com responsabilidade e consciência sobre nossas escolhas políticas. A vida não é um jogo e não devemos tratar nossa participação em manifestações como se fosse um passatempo. As consequências podem ser devastadoras, afetando não só a pessoa diretamente envolvida, mas também sua família e entes queridos.
Portanto, se você incentivou e apoiou essas pessoas a se envolverem em ações que resultaram em suas prisões e na ruína de suas vidas, é hora de refletir sobre seu papel nessa situação. Será que você já ajudou essas pessoas de alguma forma? Já doou algum valor para auxiliá-las a pagarem os advogados de defesa e a superarem suas necessidades básicas? Afinal, é fácil apoiar uma ideologia política em um discurso inflamado, mas ter a coragem de assumir a responsabilidade por nossas ações é algo completamente diferente.
A vida é séria e suas escolhas têm consequências reais. Portanto, vamos pensar antes de agir e considerar o impacto que nossas decisões podem ter na vida dos outros. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e solidária, onde cada indivíduo seja respeitado e tratado com dignidade.