Nos últimos anos, o Brasil tem sido assolado por um alto índice de criminalidade, com mais de 40 mil assassinatos registrados anualmente.

É alarmante constatar que apenas cerca de 30% desses casos são solucionados, deixando 70% dos assassinos impunes. Essa estatística perturbadora reflete a realidade que o país enfrenta no que diz respeito à impunidade e à falta de justiça para as vítimas.

Entretanto, quando surge um caso que ganha destaque midiático, como o assassinato da vereadora Marielle Franco, a sociedade clama por justiça de forma ainda mais veemente. Familiares, amigos e uma nação inteira se unem na busca por respostas e pela punição dos responsáveis. É natural desejar que todos os assassinos sejam levados à justiça e que crimes como esse sejam solucionados. Porém, em meio a essa busca por justiça, é importante questionar o papel dos agentes políticos no processo.

Não é raro vermos partidos políticos, presidentes e ministros da justiça apoiando publicamente o uso da delação premiada, no entanto, muitas vezes, isso ocorre apenas quando há interesse político envolvido, como no caso do assassinato de Marielle Franco.

A esquerdas política no Brasil têm utilizado esse crime para criar um cenário de vitimização e politizar a questão, transformando Marielle em um símbolo político para angariar votos. Essa abordagem política da tragédia não é prática e não contribui para a solução do crime.

O uso seletivo da delação premiada apenas contra inimigos políticos, como a família Bolsonaro, também gera questionamentos. É importante destacar que a família Bolsonaro conhecia o miliciano envolvido no caso, mas essa relação se dava muito antes da criminalidade se instalar na forma de milícias. Alguns membros da segurança pública, que depois se tornaram milicianos, moravam no mesmo condomínio que o presidente Bolsonaro, mas não há nenhuma evidência que ligue a família Bolsonaro ao assassinato de Marielle Franco.

Essa utilização seletiva da delação premiada por parte de agentes políticos é hipócrita e mentirosa. Quando há interesse em prender corruptos que saquearam o país, a delação premiada é vilipendiada e considerada um instrumento de tortura. Mas quando serve para atacar inimigos políticos, a lei é aplaudida. Essa atitude revela uma clara contradição e um uso desigual da lei.

A delação premiada é uma ferramenta importante para a Justiça brasileira. Já demonstrou sua eficácia na prisão de centenas de corruptos envolvidos em escândalos como o da Petrobras, garantindo o ressarcimento dos recursos públicos desviados. Porém, é fundamental que ela seja aplicada de forma justa e imparcial, sem interesses políticos ou partidários.

Enquanto a delação premiada é utilizada de forma seletiva, os corruptos continuam soltos e a corrupção segue corroendo o país. É necessário que as investigações e as ações da operação Lava Jato sejam levadas adiante e que os responsáveis sejam devidamente punidos.

A corrupção não pode ser tolerada e a impunidade é um crime ainda maior. É preciso combater a hipocrisia e a falta de imparcialidade no sistema judiciário.

Independente de qual espectro político a pessoa siga, é essencial estar atento à manipulação e à distorção dos fatos. A população deve formar sua própria opinião e não ser enganada por aqueles que buscam apenas o poder e a riqueza, em detrimento do bem-estar do país. Nesse sentido, é importante que cada um se informe por meio de fontes confiáveis e esteja atento aos problemas enfrentados pela nação.

A pluralidade de opiniões é bem-vinda, desde que não seja guiada pela hipocrisia ou interesses escusos. Enxergar os problemas por um outro ângulo é fundamental para construir uma sociedade mais justa e íntegra.

Não se deixe enganar pelos canalhas que nos governam. É fundamental exercer o direito de ter uma opinião própria, baseada em fatos e em uma análise crítica dos acontecimentos. Inscreva-se no canal que  promove uma visão diversa dos acontecimentos e compartilhe essas informações com seus amigos. Juntos, podemos lutar contra a hipocrisia e pela construção de um país melhor.



Paulo Feres

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