No mundo contemporâneo, a religião e a política estão constantemente entrelaçadas. As escolhas políticas de indivíduos muitas vezes refletem suas crenças e valores religiosos, e vice-versa. No entanto, é essencial questionar até que ponto as decisões políticas podem afetar a vivência religiosa de uma pessoa e o papel da hipocrisia nesse contexto.
A hipocrisia no âmbito político-religioso: muitas vezes, nos deparamos com indivíduos que se autodenominam religiosos, mas suas ações e escolhas políticas contradizem os princípios de suas crenças. A hipocrisia fica evidente quando vemos pessoas se envolvendo em atividades políticas corruptas, usando seus cargos para benefícios pessoais e ignorando questões éticas e morais.
Autoestima e vitimização: aqueles que se deixam influenciar por líderes políticos corruptos em suas escolhas podem perder sua autoestima e senso crítico. O medo de questionar ou se opor a esses líderes pode levar ao isolamento social, prejudicando a capacidade de se olhar no espelho e reconhecer suas próprias escolhas.
Enfrentando a realidade: é fundamental que os indivíduos assumam sua própria responsabilidade diante da vida e das realidades que os cercam. Isso envolve questionar as ações dos políticos que apoiam e não apenas seguir cegamente as orientações daqueles que se autodenominam líderes.
Ninguém é perfeito: ao apoiar um político, é importante reconhecer que ninguém é perfeito e que todos cometem erros. É essencial lembrar que tais erros devem ser enfrentados e que o apoio não implica em aceitar todas as ações e escolhas de um determinado político, independentemente de suas crenças.
O papel da crítica: a crítica é essencial em qualquer contexto político. Devemos ser capazes de expor os erros e acertos dos políticos, sem qualquer compromisso com o errado. Nenhum político deve ser tratado como intocável, pois todos devem ser submetidos à justiça e prestarem contas por suas ações.
O exemplo de Eduardo Bolsonaro: um exemplo de como as escolhas políticas podem impactar a vivência é a atuação do político brasileiro Eduardo Bolsonaro. Ao votar a favor da lei antipiada, juntamente com a Gleisi Hoffmann, Eduardo Bolsonaro mostrou uma postura contrária à liberdade de expressão, o que pode trazer dilemas para aqueles que o apoiam com base em suas crenças.
Num contexto onde a religião e a política se entrelaçam, as escolhas políticas podem ter um impacto significativo na vivência religiosa. É fundamental que as pessoas mantenham sua autoestima, sejam críticas e enfrentem a realidade de suas escolhas políticas e religiosas. A crítica, quando feita de forma justa e imparcial, é importante para promover um ambiente político-religioso mais saudável e coerente com os princípios éticos e morais.