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O judiciário e a impunidade no Brasil: como a corrupção de colarinho branco afeta a sociedade

PAULO SÉRGIO • 30 de março de 2024

O judiciário e a impunidade no Brasil: como a corrupção de colarinho branco afeta a sociedade



A impunidade no Brasil é um tema recorrente e que sempre gera indignação na população. A sensação de que as elites políticas e econômicas estão acima da lei e saem impunes de seus crimes é algo que parece estar enraizado na cultura brasileira. Recentemente, mais um caso de colarinho branco veio à tona, envolvendo o ex-candidato à presidência Aécio Neves e o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF).


O caso em questão gira em torno de um inquérito da Operação Lava Jato, que envolve uma delação da OAS. A delação aponta possíveis irregularidades envolvendo Aécio Neves, porém, Gilmar Mendes decidiu arquivar o caso, evitando assim que o ex-candidato seja investigado e, possivelmente, julgado pelos seus crimes.


Essa decisão de Gilmar Mendes gerou uma série de críticas por parte da sociedade, que vê mais um caso de impunidade e proteção aos poderosos. Enquanto isso, os brasileiros trabalham arduamente, recolhendo seus impostos e tendo que lidar com um sistema jurídico desigual, onde a lei parece valer apenas para alguns.


Essa falta de igualdade perante a lei é um problema grave, que afeta diretamente a confiança da população nas instituições e contribui para a perpetuação da corrupção. Enquanto os políticos e empresários envolvidos em escândalos bilionários são soltos ou conseguem arquivar seus casos, a população comum paga o preço, trabalhando durante meses apenas para bancar a farra dos corruptos.


Não é apenas o judiciário que está envolvido nessa história de impunidade. O Senado, por exemplo, tem o poder de reformar o sistema judiciário, criando leis mais rígidas e combatendo a corrupção de forma mais efetiva. No entanto, ao invés disso, os senadores parecem mais preocupados com questões secundárias, como o emboçamento secreto ou o aluguel de carros de luxo.


Essa falta de compromisso com a ética e com o interesse público resulta em uma população cada vez mais descrente e desiludida. Afinal, como podemos esperar que uma mudança real aconteça se aqueles que têm o poder de fazer essa mudança se preocupam apenas em proteger seus próprios interesses?


A impunidade no Brasil não é um problema novo, mas isso não significa que devemos nos acostumar com ela. É preciso continuar cobrando transparência e responsabilidade dos políticos e empresários, não aceitando passivamente a impunidade e a corrupção.


Além disso, é fundamental valorizar o poder do voto e da participação política. Afinal, somos nós, cidadãos, que temos o poder de eleger nossos representantes e de exigir mudanças reais. Através do engajamento político e da fiscalização dos poderes, podemos contribuir para a construção de um país mais justo e ético.


Portanto, não devemos nos calar diante da impunidade. Devemos nos unir, cobrar dos nossos representantes e lutar por um país onde a lei seja igual para todos, independentemente de sua posição social ou econômica. Somente assim poderemos construir um Brasil verdadeiramente justo e democrático.




Paulo Feres

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