O Valdemar da Costa Neto, conhecido como Valdemar, é uma figura influente no cenário político brasileiro. Ele é popularmente chamado de chefão do Partido Liberal (PL) e é conhecido por cuidar com unhas e dentes do valdenarismo, ou seja, do seu próprio movimento político. A curiosidade reside no fato de que seus militantes acham que estão defendendo Bolsonaro e se consideram bolsonaristas. Essa peculiaridade atende muito bem os interesses de Valdemar e de seu grupo político que é diferente do grupo do Bolsonaro.

Valdemar e Bolsonaro: a relação entre o PL e o bolsonarismo

Existe uma relação entre Valdemar e o atual presidente Jair Bolsonaro, mas é importante ressaltar que o PL e o bolsonarismo não são a mesma coisa. O Bolsonaro é o representante do bolsonarismo, enquanto Valdemar é o líder do PL.

Valdemar é tão poderoso no PL que Bolsonaro depende dele para se manter no partido. Se Bolsonaro sair do PL, sua situação política ficará complicada. Portanto, é do interesse do presidente permanecer no partido e manter uma boa relação com Valdemar.

A briga entre Valdemar e Pacheco

Valdemar também se envolveu em uma briga política com o senador Rodrigo Pacheco. A disputa se deu em relação às operações realizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que está investigando uma série de ilícitos cometidos pelo bolsonarismo.

O STF tem avançado nas investigações, apurando desde casos de espionagem até o uso do aparato estatal para fins políticos. Esses atos são considerados gravíssimos e já estão sendo apurados. No entanto, até o momento, nenhum político de destaque do bolsonarismo foi considerado réu.

A omissão do Congresso e a força do STF

Parte da força do STF se dá pela omissão do Congresso Nacional em votar medidas que limitem os poderes do tribunal. A oposição política não tem se mostrado favorável a proteger a instituição, deixando assim o STF muito poderoso.

O protagonismo do STF pode ser simbolizado na figura do ministro Alexandre de Moraes, que tem papel de destaque na Corte. Moraes vai além de ser apenas presidente da República em momentos decisivos, pois possui poderes que vão além do Executivo. Isso ocorre porque Bolsonaro, como presidente, tomou medidas que enfraqueceram a Operação Lava Jato e não agiu de forma contrária ao Supremo no Congresso Nacional.

O enfraquecimento da Lava Jato

Durante seu mandato como presidente, Bolsonaro tomou medidas que enfraqueceram a Operação Lava Jato. Um exemplo disso foi a nomeação do ministro Kassio Nunes Marques, que anteriormente era a favor da Lava Jato, para soltar o ex-presidente Lula.

Essa atitude de Bolsonaro foi feita pensando na disputa eleitoral com Lula, mas acabou minando o poder da Lava Jato. Além disso, Bolsonaro não se opôs ao STF quando houve a discussão sobre o foro privilegiado, o que permitiu que políticos envolvidos em esquemas de corrupção continuassem agindo impunemente.

A bancada do PL e o poder político de Valdemar

Valdemar da Costa Neto conta com a possibilidade de eleger uma grande bancada do PL, assim como o PT fez em 2018, mesmo com escândalos como o mensalão e o caso do petrolão. Isso mostra como a política brasileira é volátil e muitas vezes influenciada por emoções e visões limitadas.

A estratégia de Valdemar é alimentar o valdenarismo e contar com o apoio de um eleitorado que, por vezes, age de forma irracional. O resultado final nas eleições de 2022 ainda é incerto e vai depender de muitos fatores, incluindo o desfecho das investigações do STF.

O poder de Valdemar da Costa Neto, o chefão do PL, continua sendo uma força no cenário político brasileiro. Sua relação com Bolsonaro e o bolsonarismo é complexa, mas é fato que Valdemar tem sido uma figura importante para a manutenção do presidente no PL.

Além disso, é evidente o protagonismo do Supremo Tribunal Federal nesse contexto, especialmente na figura do ministro Alexandre de Moraes. A queda de força da Operação Lava Jato e a omissão do Congresso Nacional têm contribuído para o atual poder do STF.

Resta aguardar os desdobramentos políticos e econômicos e observar como o valdenarismo irá influenciar as próximas eleições. O Brasil enfrenta desafios constantes, e é essencial que a população esteja atenta e crítica em relação aos seus representantes políticos.

Paulo Feres

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