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Os Estados Unidos realizam ataque aéreo no Iraque, resultando em 16 mortes

PAULO SÉRGIO • 15 de março de 2024

Os Estados Unidos realizam ataque aéreo no Iraque, resultando em 16 mortes



O recente ataque aéreo dos Estados Unidos no Iraque deixou 16 mortos e gerou uma série de questionamentos sobre a estratégia adotada no combate aos grupos rebeldes fundamentalistas. A ação dos EUA tem como objetivo conter a ascensão desses grupos extremistas, que representam uma ameaça não só para o Oriente Médio, mas também para a segurança global.


Entendendo o cenário no Iraque

Desde a Guerra do Golfo, o Iraque tem enfrentado instabilidade política e social. A deposição de Saddam Hussein resultou na ascensão de um governo frágil, incapaz de controlar a violência e os grupos radicais que surgiram após o conflito. A guerra para derrubar Saddam Hussein pode ter sido questionável em muitos aspectos, mas havia uma realidade: o ditador mantinha esses grupos extremistas sob controle.


Com a retirada das tropas americanas do Iraque, esses grupos começaram a ganhar força e a criar uma nova ameaça. A fragilidade do governo iraquiano proporcionou espaço para esses movimentos fundamentalistas e tribais brigarem pelo poder na região. Os Estados Unidos, ao tentarem bloquear o avanço desses grupos, acabam jogando mais "gasolina no barril" ao realizarem ações que também resultam em mortes de civis inocentes.


O impacto regional e internacional

O ataque aéreo dos EUA no Iraque gerou protestos por parte do governo iraquiano e da comunidade internacional. A Rússia, já enfrentando uma situação delicada na Ucrânia, condenou a ação americana e convocou o Conselho de Segurança da ONU para tratar do assunto. A situação se torna ainda mais complexa quando analisamos o contexto do Oriente Médio como um todo.


A região já é marcada por conflitos e rivalidades históricas entre democracias liberais e regimes totalitários, autoritários e fundamentalistas. O conflito em Gaza, por exemplo, está se espalhando para além das fronteiras e ganhando dimensões perigosas. Especialistas já alertam para a possibilidade da terceira guerra mundial estar em curso devido ao desenrolar dessa situação caótica no Oriente Médio.


A responsabilidade do passado

Para compreender como a situação chegou a esse ponto é necessário analisar as ações do passado. A campanha liderada pelo ex-presidente George H. W. Bush no Iraque, que visava supostas armas químicas e proteger a segurança internacional, resultou na queda de Saddam Hussein e na abertura de uma "Caixa de Pandora" na região. O mesmo aconteceu com a intervenção na Líbia que culminou na morte de Muammar al-Gaddafi. Ambos eram ditadores sanguinários, mas mantinham os grupos extremistas contidos.


A falta de uma estratégia clara para lidar com as consequências dessas intervenções, bem como a influência e interesses de potências como a Rússia e a China, cria um cenário de incerteza quanto ao futuro do Oriente Médio e, possivelmente, do mundo.




O ataque aéreo dos Estados Unidos no Iraque é apenas mais um exemplo dos desafios enfrentados pela comunidade internacional na luta contra os grupos rebeldes fundamentalistas. A fragilidade do governo iraquiano, combinada com a ausência de uma estratégia efetiva por parte dos Estados Unidos e outras potências, contribui para a escalada desse conflito e para a incerteza quanto ao futuro da região e da segurança global.


É preciso repensar as abordagens utilizadas, buscando soluções políticas e diplomáticas que possam trazer estabilidade e paz para o Oriente Médio. Somente assim será possível evitar uma catástrofe ainda maior e impedir que a terceira guerra mundial se torne uma realidade.


Paulo Feres

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