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Os impactos das penas dos envolvidos nos atos do dia 8: uma reflexão sobre as punições excessivas

PAULO SÉRGIO • 26 de setembro de 2023

Os impactos das penas dos envolvidos nos atos do dia 8: uma reflexão sobre as punições excessivas 



No dia 8 de setembro, ocorreram atos que geraram grande repercussão e controvérsia no país. Um fato que chamou a atenção foi a severidade das penas aplicadas aos envolvidos, que despertou críticas até mesmo do Grupo Globo em um editorial publicado em seu jornal. Diante disso, surge a necessidade de uma reflexão sobre o peso da mão dos ministros nos julgamentos e a possibilidade de influenciadores e financiadores também serem responsabilizados.

 

As penas aplicadas foram consideradas elevadas, gerando questionamentos sobre a proporcionalidade das mesmas. O argumento central é que se espera que os ministros sejam mais altos do que os influenciadores e financiadores envolvidos nos atos. E fica a questão: o que será feito com o entorno do atual presidente, Jair Bolsonaro? Será que a justiça será igualmente severa com políticos e agentes que podem ter influenciado as ações?

 

É importante considerar que a responsabilização dos políticos também é fundamental para compreender a motivação por trás dos atos do dia 8. Quem incitou a população a ir para frente do quartel e cometer tais atos? Será que essas pessoas têm alguma responsabilidade pela manipulação e lavagem cerebral promovida? Acredita-se que os mandantes e aqueles que propagaram ideias extremistas devem ser julgados e receber penas compatíveis com seus crimes.

 

No entanto, é necessário evitar que a dosimetria das penas seja exagerada, prejudicando o princípio de proporcionalidade e, consequentemente, a credibilidade do sistema judiciário. Por exemplo, se um cidadão comum recebe uma pena de 17 anos, seria justo penas maiores para Jair Bolsonaro? É evidente que a dosimetria deve ser equilibrada e baseada em critérios justos, sem cair na armadilha de punir apenas determinados grupos sociais, como geralmente acontece no Brasil.

 

O Brasil é um país complexo, com realidades e contradições difíceis de entender ou explicar. É fundamental buscar informações em fontes confiáveis e fugir da manipulação política para compreender os fatos e assim formar opiniões embasadas. Nesse sentido, é importante valorizar a imprensa, ler jornais e separar os fatos das opiniões.

 

O caso do homem-bomba, que plantou uma bomba no aeroporto de Brasília, pode ser um exemplo que levanta dúvidas sobre a justiça do sistema. Enquanto ele recebeu uma pena de apenas 10 anos, o motorista do carro que o acompanhava no momento do crime foi condenado a 10 anos de prisão. Essa discrepância revela uma falha no sistema judiciário, onde punições desproporcionais podem ocorrer.

 

Em meio a todas essas questões, é preciso lembrar que o Brasil é dividido e polarizado. Há aqueles que enxergam tudo a partir de uma perspectiva lulista, os "batedores de panela", e há também os bolsonaristas, que atribuem a culpa ao "lulismo infiltrado". É necessário ir além dessas divisões e buscar análises imparciais para entender os problemas do país.

 

Nesse sentido, o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) também é importante. Julgar e condenar com equilíbrio é uma missão fundamental para preservar a justiça e a imparcialidade do sistema. Acredita-se que, apesar das opiniões divergentes, o STF seja capaz de realizar um julgamento baseado em critérios sólidos e proporcionais.

 

Em resumo, os atos do dia 8 geraram fortes repercussões e questionamentos sobre as penas aplicadas aos envolvidos. É fundamental avaliar a proporcionalidade das punições e considerar a responsabilização não apenas dos participantes, mas também dos influenciadores e financiadores. A busca por um sistema judiciário equilibrado e justo é essencial para promover a credibilidade e a imparcialidade da justiça no país.



Paulo Feres

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