Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais comum vermos escândalos de corrupção envolvendo figuras públicas e políticos em todo o país. Mas, apesar disso, ainda vemos a sociedade aplaudir atitudes que vão de encontro ao bem-estar comum, como aumento salarial de governadores e a contratação de pessoas sem qualificação para cargos públicos.
Essa cultura do patrimonialismo parece ter se enraizado na sociedade brasileira, onde as pessoas tendem a valorizar o próprio interesse em detrimento do coletivo. E isso tem efeitos práticos, como a falta de investimento em áreas importantes, como saúde, educação e segurança.
No entanto, a culpa não deve ser atribuída apenas aos políticos. A sociedade é a principal responsável por incentivar essa cultura, por meio de seus valores e atitudes. Vivemos em uma época em que memes, figurinhas e lacrações parecem ser mais importantes do que discussões sérias e relevantes.
E isso tem um impacto direto no Congresso Nacional. Quando as pessoas dão mais valor ao entretenimento vazio do que a leis que poderiam melhorar a vida de todos, acabam incentivando a improdutividade de seus congressistas. E quando os mesmos políticos são criticados pelos resultados ruins, a sociedade que os incentivou é a primeira a reclamar.
Precisamos entender que colhemos o que plantamos. Se queremos um país mais justo e desenvolvido, precisamos incentivar a produção legislativa relevante e combater a cultura do patrimonialismo e da hipocrisia que permeia nossa sociedade.
A honestidade e a transparência devem ser valorizadas acima de tudo, para que possamos construir um futuro melhor para todos.
Santa Catarina 15.05.2023
Paulo Feres
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