Polícia Federal investiga Carlos Bolsonaro por uso de aparato estatal para perseguir e monitorar adversários políticos
PAULO SÉRGIO • 31 de janeiro de 2024
Polícia Federal investiga Carlos Bolsonaro por uso de aparato estatal para perseguir e monitorar adversários políticos
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, conhecido como Carluxo, foi alvo da Polícia Federal, uma continuação da Operação Vigilância. Essa operação investiga o uso do aparato estatal para perseguir e monitorar adversários políticos, em uma espécie de "ABIN PARALELA”. Esse é um episódio gravíssimo contra a República desde a redemocratização.
Recentemente, também tivemos os atos do dia 8, nos quais manifestantes pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional através de uma INTERVENÇÃO MILITAR. Esses dois eventos, os atos do dia 8 e o uso do aparato estatal de inteligência para perseguição política, são gravíssimos e precisam ser investigados até a última vírgula. Todos os responsáveis devem prestar contas, dentro do devido processo legal, às autoridades judiciárias da República.
É importante ressaltar que não podemos condescender com o uso do aparato de inteligência para a perseguição de adversários políticos. Também não podemos condescender com tentativas de golpe de Estado. A democracia brasileira já passou por momentos difíceis, e não podemos permitir que episódios como esses coloquem em risco a estabilidade do país.
No contexto atual de polarização política, é comum que, ao pedir a apuração dos atos do dia 8, sejamos rotulados de petistas pelos bolsonaristas, ou de bolsonaristas pelos lulopetistas. No entanto, é importante frisar que a apuração de crimes graves contra a República deve ir além das caixinhas ideológicas. Independentemente de nossas convicções políticas, devemos exigir justiça e transparência.
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É notório que a família Bolsonaro está cada vez mais envolvida em investigações. Já era esperado que o cerco fosse se apertar, afinal, os inquéritos precisam ser conclusos e as responsabilidades devem ser apuradas, principalmente em relação aos atos do dia 8. Nesse sentido, espera-se que o Supremo Tribunal Federal não se omita e não seja apenas omisso, punindo apenas os agentes de base que participaram dos protestos.
É importante lembrar que o Exército Brasileiro agiu corretamente ao não se envolver em ações para atender aos interesses políticos. A instituição seguiu a Constituição de 1988, garantindo a manutenção dos três poderes da República. O Exército não é de direita nem de esquerda, é uma instituição de Estado, assim como a Polícia Federal.
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