Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, conhecidos como bolsonaristas, têm sido alvo de críticas e questionamentos nos últimos anos. Com o acirramento das polarizações políticas no Brasil, é importante refletir e avaliar as convicções e posturas adotadas.

Chega um momento em que é necessário enfrentar a realidade e se questionar sobre as escolhas feitas. O encontro com o espelho representa essa necessidade de autoanálise e autoconhecimento.

Looping vazio e beirando a idiotice.

Um dos problemas que surgem quando se entra em um "looping" é a falta de análise crítica. Muitas vezes, as pessoas ficam presas em um ciclo de repetição de ideias e não consideram outras perspectivas. Isso acaba se aproximando da idiotice, pois a pessoa se fecha para novas informações e possibilidades.

Por exemplo, quando o assunto envolve o ex-presidente Bolsonaro, alguns bolsonaristas automaticamente colocam-se em uma posição defensiva, ignorando qualquer crítica ou questionamento sobre suas ações. Essa atitude não é saudável para o debate político e impede qualquer evolução do pensamento.

O problema do "Lula?"

Outro ponto que merece atenção é o incômodo sentido pelos bolsonaristas quando o presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), é mencionado. Ao fazerem comparações ou acusações contra Lula, utilizam isso como uma forma de se eximir das possíveis falhas ou erros de Bolsonaro.

No entanto, é importante lembrar que os erros e acertos de Lula não justificam ou absolvem possíveis problemas cometidos pelo ex-presidente. Essa postura de sempre trazer o "e o Lula?" é um reflexo do looping mencionado anteriormente, onde não há espaço para autocrítica e análise imparcial dos fatos.

Encobrindo escândalos.

Outro problema que surge é a tentativa de encobrir escândalos envolvendo o governo e seus aliados. A negação de fatos acontece quando há evidências claras de corrupção, como é o caso das denúncias de "rachadinhas" e o envolvimento de políticos em esquemas ilegais.

É preciso lembrar que, independente de qualquer viés político, negar evidências é um ato de irresponsabilidade. Os fatos devem ser encarados de frente, independentemente das convicções partidárias.

Responsabilidade e golpe de Estado.

Uma questão que tem gerado polêmica entre os bolsonaristas é a interpretação do Artigo 142 da Constituição Brasileira, que trata do papel das Forças Armadas. Alguns defendem que esse artigo poderia justificar um possível golpe de Estado. É importante que os bolsonaristas compreendam que um golpe de Estado é prejudicial para a democracia e para a estabilidade do país. A defesa dessas ideias pode ser consequência do looping mencionado anteriormente, onde crenças pessoais são alimentadas sem questionamentos.

O encontro com o espelho.

Não há como fugir da responsabilidade das escolhas feitas e das posições adotadas. Chega um momento em que é necessário olhar para si mesmo, analisar se as convicções ainda são válidas, se as atitudes são condizentes com os princípios defendidos.

Esse momento de reflexão é extremamente necessário para o amadurecimento político e pessoal. É preciso confrontar o próprio eu e admitir que alguns posicionamentos podem ter sido equivocados.

Chegará o momento em que os bolsonaristas terão que se encontrar com o espelho. É fundamental que essa introspecção ocorra para que haja um olhar mais crítico e imparcial sobre as escolhas e posturas adotadas. Somente assim poderemos ter um debate político mais construtivo e saudável para a sociedade como um todo.

Paulo Feres

ACOMPANHE OS ARTIGOS NO BLOG DO SITE

 www.coronelferes.com.br