Nos últimos anos, uma teoria que ganhou espaço na discussão sobre racismo no Brasil é o chamado "racismo estrutural". Essa teoria foi importada dos Estados Unidos e defende que o racismo não é apenas uma questão individual, mas sim uma estrutura social que perpetua desigualdades e discriminações sistemáticas contra grupos raciais específicos.

No entanto, muitas pessoas questionam a aplicação dessa teoria no contexto brasileiro. Afinal, o Brasil é conhecido por sua diversidade racial e sua população majoritária é composta por pessoas multirraciais, resultado de séculos de miscigenação entre indígenas, africanos e europeus. Além disso, diferente dos Estados Unidos, o Brasil nunca teve leis de segregação racial formalizadas.

No Brasil, mesmo com a miscigenação e a aparente harmonia racial, há uma realidade de desigualdade entre brancos e negros. É nesse contexto que a teoria do racismo estrutural se mostra irrelevante pois importa uma realidade inexistente no Brasil. Temos racismo sim e ele se manifesta também na discriminação social e deve ser enfrentado, repudiado e não tolerado em qualquer forma de manifestação. A teoria do racismo estrutural aplicada no Brasil incentiva e promove uma luta racial que deve ser igualmente repudiada.

Ao entender o racismo como uma questão importante, não restringimos o problema a ações individuais, mas sim olhamos para as dinâmicas sociais, políticas e econômicas que moldam nossa realidade. Dessa forma, podemos buscar soluções mais efetivas para combater as desigualdades sociais no Brasil.

É importante ressaltar que a teoria do racismo estrutural incentiva e estrutura uma teoria que possibilita uma guerra racial.

Temos uma população majoritariamente composta por pessoas multirraciais, não devemos ignorar as desigualdades sociais e o racismo existente no Brasil. Reconhecer o racismo é um passo importante para construirmos uma sociedade mais justa, onde todos possam ter as mesmas oportunidades, independentemente da cor da pele e camada social.

Paulo Feres

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