A Petrobras, uma das principais empresas estatais do Brasil, recentemente rescindiu um importante contrato de privatização. Esse contrato, firmado durante a gestão de Paulo Guedes, envolvia a refinaria Lubinor, localizada no Ceará.

A decisão da Petrobras de rescindir esse contrato foi motivada pelo não cumprimento das cláusulas contratuais por parte da refinaria. A Lubinor tinha a capacidade de produzir derivados do petróleo e sua privatização visava aumentar a eficiência da empresa.

Apesar de muitos apoiarem as privatizações no Brasil, a venda da refinaria Lubinor tem gerado polêmica. Alguns argumentam que essa privatização causou um desbalanceamento na distribuição do combustível, pois a refinaria passou a praticar preços mais altos, afetando principalmente a região Nordeste do país.

A venda da Lubinor foi realizada para um grupo árabe por um valor consideravelmente menor do que seu preço de avaliação, um valor de 4.5 bilhões de dólares foi vendido por apenas 1.5 bilhão. Essa discrepância chama a atenção e levanta questionamentos sobre possíveis irregularidades no processo de privatização.

Diante desse contexto, é preciso refletir sobre a privatização da Petrobras como um todo. A empresa é um ativo nacional de grande importância estratégica e mexe em um mercado complexo e delicado. Portanto, qualquer decisão de privatização deve ser amplamente discutida com a sociedade e o Congresso Nacional, buscando modelos de sucesso em países nórdicos, como a Noruega, por exemplo.

Embora seja favorável à privatização de grande parte das empresas estatais, é importante avaliar os impactos específicos que ela pode causar em setores estratégicos como o de petróleo. É necessário debater as regras e as condicionantes desse processo para evitar irregularidades e garantir que os interesses nacionais sejam preservados.

É compreensível que diante de situações suspeitas como essa, surjam questionamentos sobre a lisura do processo de privatização. A diferença de preço entre a avaliação da refinaria e o valor de venda é bastante significativa, e merece ser investigada para esclarecer qualquer indício de irregularidade.

No caso da Lubinor, a Petrobras agiu corretamente ao rescindir o contrato diante do não cumprimento das cláusulas contratuais. Agora, é importante que a empresa avalie a possibilidade de recomprar a refinaria, visando corrigir possíveis problemas decorrentes da privatização.

A privatização da Petrobras é um assunto que deve ser tratado com seriedade e cuidado. É necessário envolver a sociedade e o Congresso Nacional nessa discussão, visando garantir a transparência e a eficiência dos processos de privatização. A investigação das condicionantes dessas privatizações é essencial para evitar qualquer prejuízo aos interesses nacionais.

Independentemente do posicionamento individual sobre a privatização da Petrobras, é fundamental que haja um debate amplo e transparente sobre o tema. Assim, será possível tomar decisões mais embasadas e garantir que o país esteja no caminho certo para o desenvolvimento econômico.

Paulo Feres

ACOMPANHE OS ARTIGOS NO BLOG DO SITE

 www.coronelferes.com.br