O Brasil que vivemos hoje é um país com poucas perspectivas. As contradições políticas entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são muito grandes e ninguém parece querer trabalhar em prol do país.

A briga atual entre Lula e Arthur Lira é um exemplo disso e expõe a falta de harmonia e independência entre esses poderes.

O orçamento secreto aprovado na gestão do Rodrigo Maia durante o governo Bolsonaro e colocado em prática pós-Rodrigo Maia com Arthur Lira, também no governo Bolsonaro, é um exemplo claro de empoderamento da Câmara dos Deputados. Isso muda completamente a relação de forças entre Congresso Nacional e Palácio do Planalto e é a causa principal dessa queda de braço atual.

O poderio da Câmara dos Deputados vem crescendo ao longo dos anos e isso coloca o Executivo sempre de joelhos perante ela. O Supremo Tribunal Federal pouco interfere nessa situação, agindo mais como um aliado político do que um órgão judiciário.

Unir-se com o Supremo é a forma que Lula encontrou para se contrapor ao poderio de Arthur Lira, mas isso não é saudável para o país.

As contradições expostas nos poderes deixam claro que o Brasil não mudará enquanto a maioria dos políticos estiver mais interessada em manter seus nichos de poder do que em trabalhar pelo país.

A população pouco se importa com essa situação e se as narrativas políticas confusas que são apresentadas diariamente tornam difícil entender o que acontece no país atualmente.

Com a tendência crescente do populismo no Brasil, é preocupante pensar no futuro. Porém, é vital que as pessoas cuidem de suas economias e façam uma previdência privada, já que o sistema previdenciário do país não mostra sustentabilidade a longo prazo.

A falta de perspectiva de país impede a população de pensar no futuro e a elite política do país parece estar mais preocupada em manter seus nichos de poder do que em trabalhar pelo bem do país e da população.

Paulo Feres