Quando olhamos para o cenário político brasileiro, é difícil não ficar perplexo com as pautas que são colocadas em discussão no Senado Federal. Enquanto o país vive uma crise de segurança pública, uma situação precária na área da saúde e uma educação que precisa de melhorias urgentes, os senadores estão ocupados discutindo a escola do estoicismo.

O estoicismo é uma filosofia antiga que valoriza a busca pela virtude e a capacidade de enfrentar desafios com serenidade. É uma abordagem que incentiva o autodomínio e a resistência às emoções negativas. Embora seja interessante discutir sobre o estoicismo em um contexto acadêmico, é difícil entender como essa discussão pode ser relevante para os problemas reais que o Brasil enfrenta atualmente.

Enquanto a segurança pública entra em colapso, com índices alarmantes de criminalidade em todo o país, os senadores parecem estar desconectados da realidade. Enquanto a população sofre com a falta de policiais nas ruas e o aumento da violência, o Senado se ocupa com debates teóricos e filosóficos.

A educação também é um dos principais problemas no Brasil. Baixos índices de aprendizado, falta de estrutura nas escolas e falta de valorização dos profissionais estão entre os desafios enfrentados pela área. É incoerente discutir a escola do estoicismo enquanto tantas crianças brasileiras não têm acesso à uma educação de qualidade. É preciso concentrar os esforços em melhorar a educação, em vez de perder tempo em debates que não trazem benefícios tangíveis para a população.

Outro ponto de preocupação é a crise na saúde pública. Hospitais superlotados, falta de recursos e dificuldades de acesso aos serviços são problemas reais enfrentados pelos brasileiros. Em meio a essa situação caótica, é frustrante ver o Senado debatendo sobre um tema tão distante da realidade das pessoas. Em vez de direcionar os esforços para encontrar soluções concretas para a crise da saúde, os senadores preferem discutir questões abstratas.

Além disso, o Brasil passa por uma situação econômica delicada, com aumento de impostos e queda na qualidade de vida da população. Enquanto o país enfrenta problemas reais, os senadores parecem estar mais preocupados em manter seus privilégios e buscar benefícios pessoais.

É importante ressaltar que a discussão sobre o estoicismo pode ser enriquecedora em outros contextos, como nas universidades e nas áreas acadêmicas. No entanto, quando se trata do Senado Federal, espera-se que os parlamentares estejam focados em encontrar soluções para os problemas urgentes do país.

O povo brasileiro não precisa de um Senado que discuta apenas teoria e filosofia. O Brasil precisa de ações concretas, de políticas públicas efetivas e de uma classe política comprometida com a melhoria das condições de vida da população.

Enquanto o Senado se preocupa com assuntos como a escola do estoicismo, os brasileiros continuam enfrentando dificuldades diárias. É hora de cobrar dos políticos uma atuação realmente comprometida com os problemas reais do país.

Não é suficiente apenas criticar o governo ou reclamar nas redes sociais. É preciso que os eleitores cobrem seus representantes, exijam ações concretas e responsabilizem aqueles que estão desperdiçando tempo e recursos discutindo temas sem relevância para a população.

Enquanto isso, Bezerra da Silva, com sua sabedoria popular, já havia alertado sobre a realidade do país. É importante ouvir as vozes que expressam as preocupações do povo e buscar soluções para os problemas reais enfrentados pelo Brasil.

Então, vamos parar de divagação e focar no que importa. O Brasil precisa de segurança, saúde, educação e políticas públicas efetivas. Deixe a escola do estoicismo para debates mais apropriados e cobre dos políticos uma atuação em prol do país.

Paulo Feres

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