A AUSÊNCIA
A ausência de parte dos eleitos, eleitos na esteira do Bolsonaro é inaceitável. Afinal foram eleitos sob o pretexto que estariam com o PRESIDENTE BOLSONARO.
Quem foi vitorioso recebe uma procuração do eleitor para representa-lo, para liderar na tempestade ou na calmaria. A ausência de alguns beira o estelionato eleitoral.
A manifestação do representante eleito, nas crises se faz necessária, o detentor da procuração eleitoral teria que se pronunciar, liderar, propor um caminho, desmobilizar, arrefecer os ânimos, concordar com os manifestantes, poderiam ter aparecido com suas pautas, mas preferiram a pecaminosa OMISSÃO, o estelionato.
Causou estranheza após o término da eleição até o pronunciamento do presidente, o imenso, o enorme silêncio e a ausência daqueles que foram eleitos na aba do Presidente Bolsonaro que obtiveram a avalanche de votos 22.
Uma grande parte da direita e seus candidatos conservadores foram ignorados solenemente nas urnas pelo eleitor que contemplou apenas um espectro de direita. Os partidos - o União Brasil, PTB, o PSC, o Patriotas, o Progressistas - de centro-direita aliados de direita não tiveram um número de votos significativos. O eleitor considerou apenas de DIREITA quem estava no Partido Liberal repetindo o enorme erro, o mesmo erro crasso de 2018, onde a maioria, uma grande parte dos eleitos abandonaram o presidente a própria sorte após a eleição. A tendência, de parte dos eleitos em 22(eleitos com um discurso simplista repetindo 2018) é de que a história se repita. O tempo é o senhor da razão – um dos slogans da campanha do Color à presidência da República.
A ausência dos eleitos, que tiveram votos na aba do Bolsonaro, a ausência de lideranças localizadas nas paralisações que estão a ocorrer em todo Brasil se faz notar.
As paralisações motivadas pela enorme frustração causada pelo resultado adverso, sobretudo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, regiões estas que produzem 85% do PIB nacional despertou um sentimento de vazio ,frustração beirando as raias do desespero. Um sentimento de dor e desespero bastante compreensível da parte mais produtiva do país.
A parcela mais produtiva do país não fez o seu representante maior – O PRESIDENTE. Já a parte que produz 15% do PIB elegeu seu presidente, um presidente descondenado por uma canetada do Supremo Tribunal Federal.
É do jogo democrático, embora a eleição de 2022 ficará manchada nos anais da história como uma eleição parcial, recheada de censura, com medidas autoritárias direcionadas aos apoiadores do Presidente Bolsonaro.
O eleitor de direita, depois de duas eleições, cometendo os mesmos erros está no processo de aprendizagem. Em 2018 aqueles que abandonaram o presidente foram considerados traidores. Em 2023 prevejo as mesmas argumentações simplistas colocadas no debate político do dia a dia. O eleitor tem que pesquisar, aprender a votar, se lembrar em quem votou para poder cobrar com efetividade. Uma sociedade em que 70% não sabe em quem voltou para Deputado Federal, Deputado Estadual abdica deste direito que somente o voto lhe dá.
Abdicar o direito de pensar é impensável na construção de uma sociedade próspera.
A ausência dos detentores de mandato faz com que acendamos o farol amarelo. É preocupante e beira o estelionato eleitoral.
Santa Catarina 02 de novembro de 2022
Paulo Feres
Um compromisso com a Democracia Liberal comprometida com a sustentabilidade e o combate a corrupção como indutores do desenvolvimento humano.
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