A Ineficiência da Polícia Federal na conclusão de inquéritos
PAULO SÉRGIO • 27 de fevereiro de 2024
A Ineficiência da Polícia Federal na conclusão de inquéritos
Nos últimos anos, a Polícia Federal tem sido notícia frequente nas investigações que envolvem a família Bolsonaro, os atos de 8 de janeiro, a ABIM e o polêmico inquérito das fake news. No entanto, é preocupante a falta de conclusão desses inquéritos e a ausência de punição aos políticos e influenciadores envolvidos.
Apesar da imagem simbólica de Alexandre de Moraes, representando a mão de ferro do Supremo Tribunal Federal (STF), até o momento não há um único político réu no STF, nem mesmo os influenciadores ou financiadores. Apenas alguns indivíduos de menor relevância têm sido punidos pelos crimes que abalaram a República, como os atos de 8 de janeiro e a utilização indevida do aparato de inteligência para perseguir adversários políticos.
E a Polícia Federal, sob tutela de Alexandre de Moraes, também parece entrar nessa dinâmica de falta de conclusão dos inquéritos. Os inquéritos das fake news arrastam-se há cinco anos e parecem não chegar a um fim. Os casos envolvendo a família Bolsonaro, como as joias, o cartão de crédito de Michelle e a rachadinha de Janones, também não foram concluídos.
A ineficiência da Polícia Federal nesses inquéritos é frustrante para a sociedade, que aguarda ansiosamente por respostas. É comum ver vazamentos e notícias na mídia, mas é raro ver o desfecho de um processo. A demora na conclusão desses inquéritos prejudica a confiança na instituição e alimenta a sensação de impunidade.
A pergunta que fica é: quando a Polícia Federal irá concluir os inquéritos em aberto? A sociedade não pode ficar esperando indefinidamente por resultados. É necessário que a instituição priorize esses casos e os leve a um desfecho. Se houver indícios de crimes, é preciso encaminhar o processo para o Ministério Público e para a autoridade judicial, para que possam decidir sobre a necessidade de denúncia e punição.
A falta de conclusão desses inquéritos, além de minar a confiança no sistema de justiça, também prejudica o combate à corrupção. Enquanto as investigações se arrastam, o Brasil continua sendo roubado e os verdadeiros ladrões se safam. É necessário que a Polícia Federal tenha uma equipe dedicada a esses casos, mas sem esquecer de dar andamento a outros processos relevantes para a sociedade.
A responsabilidade também recai sobre o próprio ministro Alexandre de Moraes. Seria interessante que ele cobrasse uma maior celeridade da Polícia Federal na conclusão desses inquéritos. Ou será que há uma determinação para não concluir os inquéritos e não tornar ninguém réu no STF? Essa falta de transparência e eficiência na apuração dos casos alimenta a desconfiança da população.
A justiça brasileira necessita de agilidade e eficiência para passar uma mensagem de que todos são iguais perante a lei. O presidente Jair Bolsonaro, enquanto líder do país, não pode ter imunidade para cometer crimes. É preciso concluir os inquéritos e, se necessário, declarar sua inocência ou enviar o caso para o Ministério Público. Não se pode permitir que apenas os "pés de chinelo" sejam punidos, enquanto os poderosos permanecem impunes.
A conclusão dos inquéritos é fundamental para que a sociedade possa ter confiança na justiça brasileira. O tempo está passando, e espera-se uma resposta. Não podemos aguardar até que o mandato dos políticos termine para que, apenas então, os inquéritos sejam concluídos. É preciso uma resposta imediata à altura das graves acusações que pesam sobre esses casos.
Em suma, a ineficiência da Polícia Federal sob o comando do Ministro Alexandre de Moraes traz preocupações quanto à conclusão dos inquéritos que envolvem a família Bolsonaro, os atos de 8 de janeiro e outros casos relevantes para a sociedade. É fundamental que a instituição dê uma resposta à população, concluindo os inquéritos e comunicando seus desdobramentos. A justiça brasileira não pode falhar em punir todos aqueles que cometeram crimes, independentemente de seu poder ou influência.