As ligações perigosas entre crime organizado e política: um problema crescente no Brasil e no mundo
PAULO SÉRGIO • 21 de janeiro de 2024
As ligações perigosas entre crime organizado e política: um problema crescente no Brasil e no mundo
No Brasil e em outros países ao redor do mundo, é cada vez mais comum presenciarmos a triste realidade da ligação entre o crime organizado e a política. Esse fenômeno, que impacta diretamente a democracia e a segurança pública, tem sido abordado de forma recorrente nos últimos tempos devido aos recentes casos de assassinatos de pré-candidatos e políticos.
Um desses casos, ocorrido recentemente no Guarujá, chocou a população e reascendeu o debate sobre essa problemática. Tiago Rodrigues, um respeitado jornalista de apenas 34 anos e pré-candidato a prefeito, foi brutalmente assassinado com tiros durante uma confraternização. Esse trágico evento nos leva a questionar: até que ponto a cooptação do crime organizado pela política prejudica a sociedade?
Os exemplos ao redor do mundo são inúmeros. O Equador, por exemplo, teve um candidato à presidência assassinado, evidenciando a vulnerabilidade que a política pode sofrer diante da ação dos criminosos. Mais ao Norte, na América Central, vemos que os candidatos a prefeitos e vereadores sofrem constantemente com ameaças e assassinatos promovidos por organizações criminosas.
O México, um país vizinho ao Brasil, também enfrenta uma situação grave em relação a esse tema. Os cartéis de drogas têm conexões estreitas com políticos e essa aliança nefasta causa inúmeras mortes e uma desestabilização do sistema democrático. O Brasil não está imune a essa realidade, com casos de vereadores e deputados sendo mortos em várias regiões do país, como a Baixada Fluminense, São Paulo, Nordeste e Pará.
A ligação entre o crime organizado e a política é um problema que está cada vez mais escancarado em nosso país. O descaso do congresso nacional e a falta de critérios na escolha dos representantes políticos pelos eleitores contribuem diretamente para que a situação se agrave. Quando o crime organizado toma a política, é a sociedade que sofre as consequências, pois esses políticos legislarão em benefício próprio, enfraquecendo ainda mais o sistema de justiça e a segurança pública.
A preocupação com o futuro de nossos filhos e do país como um todo é legítima. Se não agirmos agora, daqui a alguns anos, nossas crianças podem não ter um ambiente seguro e livre da influência do crime. É evidente que é necessário uma profunda reforma política, que priorize a transparência, a moralidade e a ética no exercício do poder, além de uma atuação firme por parte do sistema judiciário.
Não podemos nos calar diante dessa realidade alarmante. Devemos nos unir como sociedade para cobrar das autoridades uma postura mais efetiva no combate a essa ligação perigosa entre crime organizado e política. Além disso, é fundamental buscar a conscientização da população sobre a importância do voto consciente e da participação ativa na escolha dos representantes políticos.
A escritora inglesa Agatha Christie uma vez disse: "Se o crime organizado toma nossa política, nos transformamos no México". Devemos tomar essa frase como um alerta e lutar para que nosso país não siga por esse caminho. Não podemos permitir que a política seja dominada por aqueles que não têm compromisso com a sociedade e com o bem-estar de todos.
A mudança começa com cada um de nós. Se você também se preocupa com o futuro do Brasil, junte-se a comunidades e movimentos que lutam por uma política mais ética e justa. Acredite no poder da coletividade e no impacto positivo que podemos gerar quando nos unimos em prol de uma causa comum.
Não podemos permitir que a ligação entre o crime organizado e a política se fortaleça cada vez mais. É hora de agir, de cobrar medidas efetivas e de não tolerar mais essa realidade. O futuro do Brasil depende do nosso engajamento e dedicação em construir uma sociedade mais justa e segura para todos.