Um episódio de violência chocou a todos no campus da Universidade Federal de Santa Catarina. Militantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram covardemente agredidos enquanto realizavam uma ação de limpeza e pichação no Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Esse triste episódio nos faz refletir sobre a situação das universidades federais no país. Por um lado, temos instituições de ensino que são mantidas com recursos públicos, mas que frequentemente são mal geridas. Isso fica evidente quando observamos que as universidades brasileiras ocupam posições baixas nos rankings mundiais de excelência acadêmica.

É inegável que a segurança no campus universitário é uma responsabilidade da própria instituição. No entanto, a falta de investimento e de ações efetivas por parte das universidades acaba deixando os estudantes expostos a situações de violência.

No caso das agressões sofridas por membros do MBL, não houve qualquer providência por parte da universidade além de uma mera nota de repúdio. Além disso, é importante ressaltar que a responsabilidade pela segurança pública no estado de Santa Catarina também deve ser cobrada. Independentemente de posicionamento político, é dever do governo combater episódios de violência como esse.

A polícia tem o poder de investigação e deve ir atrás dos agressores, levando-os à justiça. Contudo, a violência e a intolerância não são exclusivas de um lado político.

Enquanto, no passado, associávamos esses comportamentos apenas à esquerda, atualmente vemos uma disseminação preocupante no campo da direita.

Movimentos radicais, como o bolsonarismo, têm replicado a mesma intolerância que antes criticavam. É importante ressaltar que pensar de forma diferente não faz de alguém um inimigo. A diversidade de opiniões é essencial para um debate saudável e para a construção de uma sociedade mais democrática.

É preciso superar essa lógica do "nós contra eles" e aprender a dialogar, respeitando as diferenças de pensamento. A intolerância política tem levado a consequências graves, como a violência física e até mesmo mortes.

No caso das agressões sofridas por membros do MBL, os militantes quase perderam suas vidas devido a essa cobertura injustificável de ódio. É fundamental que a polícia faça sua parte, investigue e coloque os agressores atrás das grades.

Nós devemos repudiar veementemente qualquer forma de intolerância política. Não podemos permitir que o discurso lacrador, que prima pela intolerância, nos silencie.

Devemos nos solidarizar com as vítimas e encorajá-las a continuarem defendendo suas ideias, mesmo diante de tanta hostilidade.

A violência e a covardia não têm lugar em nosso ambiente acadêmico, público e democrático. É necessário que haja um esforço conjunto entre as universidades, os governos e a sociedade para combater a intolerância e garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos.

Nós não podemos mais tolerar a covardia nos movimentos de massa, seja de que lado político for. Se você gostou deste texto, inscreva-se em nosso canal para receber mais conteúdos relevantes como este. Afinal, a disseminação de informações é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.

Paulo Feres

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