Os perigos da influência marxista no ocidente
No Fórum Mundial de Davos, Javier Milei fez uma declaração contundente sobre os perigos da influência marxista no ocidente. Segundo ele, aqueles que deveriam defender os valores ocidentais estão sendo cooptados por uma visão de mundo que inevitavelmente leva ao socialismo e à pobreza. Embora eu concorde em geral com a visão de Milei, é importante notar que as ideologias políticas não podem ser reduzidas a caixinhas e que o grande capital, nos dias de hoje, transcende as divisões ideológicas.
É inegável que o capitalismo selvagem ainda existe em algumas partes do mundo, mesmo em regimes que se autodenominam socialistas. Um exemplo disso é a China, um país comunista que pratica um capitalismo extremamente selvagem, sem regulações trabalhistas adequadas. Por outro lado, quanto mais democracia liberal existe em um país, mais o capital é regulado. Na Europa e nos Estados Unidos, há uma maior regulação e controle sobre o capital. No Brasil, por outro lado, a regulação do capital é baixa e o colarinho branco costuma escapar impune devido a problemas estruturais e falhas do sistema de justiça.
No entanto, é importante considerar que, nos dias de hoje, o grande capital não está restrito a caixinhas ideológicas. Grandes empresas multinacionais financiam diretamente a agenda da esquerda, sobretudo a chamada agenda woke, que inclui temas identitários e de combate ao racismo. Essa agenda, embora seja defendida por alguns setores da sociedade, é tida como extremamente chata pelas pessoas comuns. A influência e o financiamento do grande capital nessa agenda de esquerda são um fator a ser considerado.
Uma opinião, fora das caixas ideológicas, é que a esquerda está, de certa forma, contribuindo para o enfraquecimento da democracia liberal. Embora pregue uma democracia liberal, utiliza todos os instrumentos e acaba enfraquecendo-a. Esse enfraquecimento, por sua vez, fortalece regimes autoritários e totalitários, como o de Putin na Rússia, o da China, o do Irã e o de Erdogan na Turquia. Neste momento, há uma disputa entre a democracia liberal e esses regimes autoritários, e é importante realizar uma reflexão crítica sobre o papel que a esquerda desempenha nesse cenário.
O principal convite é para analisar os assuntos por outro ângulo, buscando um olhar crítico e reflexivo. Este espaço é um convite aberto para essa reflexão, sendo sempre bem-vindos as contribuições para o aprimoramento do trabalho. É importante considerar que não estamos presos a caixinhas ideológicas e que a realidade do mundo atual vai além das divisões tradicionais. É necessário ter em mente a responsabilidade e os desafios que enfrentamos em relação à democracia liberal e ao autoritarismo, para que possamos construir um futuro mais próspero e justo para todos.
Paulo Feres
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