O atual cenário de segurança pública no Rio de Janeiro é um tema recorrente, e as medidas tomadas para combater a criminalidade muitas vezes são consideradas insuficientes. A permanência da Força Nacional de Segurança no estado por mais um mês, por exemplo, tem gerado questionamentos sobre a eficácia dessas ações.

As medidas tomadas para combater a violência no Rio de Janeiro têm sido comparadas a "enxugar gelo", ou seja, não resolvem o problema em sua raiz. A sensação é que essas ações têm um efeito temporário, mas não trazem uma solução duradoura.

Uma das justificativas para essa percepção é que, apesar da presença de forças de segurança ostensivas, como a Força Nacional e até mesmo o Exército, a criminalidade continua dominando o estado. O tráfico de drogas e as milícias ainda exercem controle sobre diversas regiões, impondo seu domínio e disseminando a violência.

Além disso, a falta de leis adequadas ao combate aos diferentes tipos de crimes e a morosidade do sistema judiciário também são apontadas como fatores que contribuem para a manutenção do quadro atual. Enquanto os códigos de leis não forem atualizados de acordo com a realidade da criminalidade e o Judiciário não passar por uma reforma efetiva, será difícil atingir uma mudança significativa.

Outro ponto importante é a questão da corrupção. Muitas vezes, os esforços para combater a criminalidade esbarram em interesses políticos e econômicos, o que prejudica a eficácia das medidas adotadas. A busca por grana e mordomia acaba sendo priorizada em detrimento da segurança e do bem-estar da população.

Diante desse cenário, a cobrança ao Congresso Nacional ganha destaque. É por meio das ferramentas disponíveis no poder legislativo que é possível promover mudanças reais nas leis e nas políticas adotadas pelo país. É essencial que a população se engaje e cobre seus representantes para que a segurança pública seja tratada como uma prioridade.

Apesar dos desafios, é importante não desanimar e continuar buscando soluções para enfrentar essa realidade. A participação ativa da sociedade é fundamental para pressionar os órgãos responsáveis e exigir mudanças efetivas. Enquanto isso não acontece, é necessário adotar medidas preventivas para garantir a segurança individual e coletiva.

A problemática da segurança pública no Rio de Janeiro é complexa e exige uma abordagem multidisciplinar. É necessário investir em educação, combater a desigualdade social e promover políticas inclusivas que visem reduzir a vulnerabilidade da população. Somente dessa forma será possível construir um futuro mais seguro e justo para todos.

Paulo Feres

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