No atual cenário globalizado, as relações diplomáticas são fundamentais para um país fortalecer sua posição no mundo e garantir seu desenvolvimento econômico, político e social. O Brasil, como uma das maiores economias do mundo e com um papel importante nas discussões globais, não pode negligenciar sua diplomacia e arriscar perder oportunidades de crescimento e cooperação internacional.

No entanto, nos últimos anos, o governo brasileiro tem adotado uma postura questionável em relação à sua diplomacia, o que tem gerado críticas tanto internas quanto externas. Muitos analistas se referem a essa postura como "anão diplomático", devido à falta de protagonismo e alinhamento do país com pautas fundamentais da comunidade internacional.

O alinhamento com ditaduras e regimes totalitários, por exemplo, prejudica a imagem do Brasil e coloca em risco sua credibilidade como defensor dos direitos humanos e das liberdades individuais. Além disso, a falta de uma diplomacia ativa e engajada também impacta negativamente nas relações comerciais do país, afastando possíveis parceiros e investidores.

A condenação internacional da Rússia pela morte do ativista Alexei Navalny é um claro exemplo da importância de uma postura firme e alinhada com os valores democráticos. Enquanto a maioria das democracias liberais do mundo se manifestaram, o Brasil, em contrapartida, ficou em silêncio, o que é uma afronta aos direitos humanos e à defesa das liberdades.

A falta de uma diplomacia efetiva também se reflete nas relações comerciais do Brasil. A diplomacia econômica, que tem como objetivo a promoção do comércio e dos investimentos, é essencial para atrair empresas estrangeiras e impulsionar o desenvolvimento econômico. Sem uma postura ativa nessa área, o Brasil corre o risco de perder oportunidades de negócios e de ficar para trás no cenário econômico global.

Para que o Brasil possa se posicionar como um país relevante e respeitado internacionalmente, é necessário fortalecer sua diplomacia e adotar uma postura mais pró-ativa nas relações bilaterais e multilaterais. Isso implica em estabelecer parcerias estratégicas, participar ativamente das discussões globais, promover o diálogo internacional e defender os valores democráticos e os direitos humanos.

Além disso, é fundamental investir na formação e na capacitação dos diplomatas brasileiros, para que eles possam representar de forma eficiente os interesses do país no exterior. A diplomacia é uma arte complexa, que requer conhecimento, habilidades de negociação e sensibilidade cultural para lidar com os diferentes atores internacionais.

O Brasil possui um enorme potencial para se tornar uma liderança regional e global, mas isso só será possível se o país investir em sua diplomacia e adotar uma postura responsável e alinhada com os interesses nacionais e globais. É preciso reconhecer a importância das relações diplomáticas e agir de forma proativa para fortalecê-las, deixando de lado posturas que comprometem a imagem do país.

Paulo Feres

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